Thursday, 17 September 2009
Dia 2
Chama-se Indiana. A sério. Depois de ler a odisseia transcontinental do Nathan, um rapaz britânico com demasiado tempo livre nas mãos, fiquei convencido de que tinha mesmo que dar nome à minha scooter. Nos tempos em que estudava arqueologia (há muitos, muitos anos) os meus colegas de trabalho chamavam-me Indiana. De Indiana Jones, claro. E agora saiu-me esta, tão simples, tão simples, que pegou.
Hoje fiz um dia normal, fui trabalhar de manhã, fiz os meus 10 km de marginal sem problemas, incluído alguma navegação entre carros (quase) parados. Já me estou a acostumar à coisa, mas a segunda esgota-se muito depressa e ainda não me atrevo a andar entre os carros em terceira (menino!). Por isso tive que sair da frente de algumas scooters automáticas, não as consegui acompanhar no surf do trânsito matinal.
Pela hora do almoço a minha scooter já tinha sido gabada por metade da empresa, e isso que andam por lá mais duas LML novas, uma está para venda e outra aparece ocasionalmente. Fui almoçar com a minha mãe, por acaso mesmo ali ao lado, mas tive que levar a Indiana para mostrar...
Olhando para a scooter de um colega meu, uma LML quase branca, quase creme (!) , reparei que o "para choques" e guarda lamas traseiro está ligeiramente diferente na minha, para melhor. Tem um ar mais sólido e menos arredondado, ficando mais consentâneo com o resto das linhas da scooter. Outras alterações existem, como o "150" gravado no porta luvas e os novos logos "Star", bem bonitos por sinal, e que eu penso manter. Nada de fingir que a Indiana é uma Vespa. É chamuça, e com muito gosto!
De tarde, voltei para casa e dei umas voltas para praticar o uso da embraiagem: fiz oitos, como na escola de condução. Ainda fui tirar as primeiras fotos da scooter, estas que vêem aqui. Já de noite, fui ao supermercado para o momento alto do dia. Primeiro, sem saber onde deixar o capacete, abri o assento e prendi a correia nas alavancas de abertura dos balons. Fechando o banco, o capacete fica preso. Obrigado Stella Speed!
No regresso, pendurei o saco das compras no gancho debaixo do assento e, em vez de usar o botão, dei ao kick. Ao principio apertei a embraiagem, como quando se usa o arranque automático. Nada aconteceu e o pedal não tinha grande resistência. Depois, certifiquei-me que a Indiana estava em ponto morto e dei uma solene patada no kick e ela despertou com estrondo, acendendo ao mesmo tempo as luzes. Não sei porque, mas aquela surpresa de luz e som deixou-me com um sorriso de rapazinho, que ainda não se desvaneceu.
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