Monday 28 September 2009

Dia 13: Boas vibrações?


A Indiana totaliza agora 465 km. É pouco, mas tendo em conta que ainda não fiz nenhuma viagem, não é mau. O motor parece agora ligeiramente mais solto e já alcancei uns estonteantes 75 km/h. De velocímetro. A descer ligeiramente...

Continuo com algumas apreensões, mas já lá vamos. Não resisti a comprar uns acessórios que me pareceram imprescindíveis para a scooter. Um gancho para capacetes, que se coloca debaixo do banco, (um elemento que vinha de série nas últimas PX) e uma grelha porta-bagagens frontal (vulgo porta couves). Infelizmente acabei por encomendar estes itens pela internet, e digo infelizmente por duas razões: primeiro o porta couves não é exactamente o que eu estava à espera e depois chegou demasiado tarde.












Com a minha falta de à-vontade com a Indiana e a sua condução, e o atraso na chegada do único porta couves disponível, fez-me desistir da viagem ao camping do ScooterPT, o único evento a que eu faço questão de não faltar. Fiquei desapontado, mas desforrei-me com uns passeios pela serra de Sintra e arredores. Da última vez, já com a grelha montada (tamanho XXXL) fui até ao Magoito, estância balnear que povoava memórias de uma infância longínqua.



As mil vibrações da Indiana já me fizeram confirmar e apertar todas as porcas e parafusos visíveis. De tal maneira que apertei alguma coisa que não devia no descanso e ele agora não recolhe sozinho! Mesmo assim os sons metálicos e as vibrações estremecedoras continuam, mas não reparo nisso quando estou perdido numa qualquer estrada da Serra de Sintra, coisa que ainda me acontece com alguma frequência. Em estrada aberta, daquelas nacionais bem pacatas, senti-me por fim confortável. Não reparo na imprecisão do selector das mudanças, nem me queixo da travagem "oito ou oitenta". Todo o charme da scooter vem ao de cima num ambiente de lazer, em que não há nenhuma urgência, não há corrida no semáforo.







Só manter a Indiana na trajectória certa já exige muita atenção, sobrando só o suficiente para apreciar a paisagem que muda lentamente e sentir os cheiros, a humidade do ar e todos aqueles pormenores que só quem anda de mota conhece.

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