Friday 26 March 2010

Indianos não precisam de piscas


Essa é pelo menos a conclusão com que fico, não só porque eles conduzem permanentemente como se fossem salvar alguém da forca (como por cá, mas com mais buzinadelas, dizem-me) mas também porque a Indiana ficou recentemente, aos 3300 km, sem um pisca da frente. Aconteceu depois daquela tromba de agua que caiu há uns dias e provocou estragos no Cacém (Nunca acontece nada de bom no Cacém!). Para mim foram só uns pingos, mas a Indiana, o pisca da frente do lado esquerdo, e o sofisticado sistema sonoro de aviso de piscas nunca mais foram os mesmos.


Sim, eu sei, a Indiana não foi montada numa industria japonesa por homenzinhos pequeninos com batas imaculadas, super disciplinados, cuja vida inteira gira à volta da fábrica e da empresa que lhes deu trabalho, por quem têm uma dedicação absoluta. Não, a indiana veio daqui, ou seja, é um pouco como se viesse de uma oficina de metalomecânica de Águeda, daquelas que fazem quadros de bicicleta manhosos, só que com cheiro a caril. Em suma, é natural que pequenos problemas como este apareçam, mesmo que aos 3000 e poucos km.


A vantagem que a Indiana tem em não ser uma Honda (eu estava mal acostumado, eu sei) é que se pode facilmente desmontar e assim resolver a maioria dos problemas in loco, tal como fazia o MacGyver, mas sem usar tape americana. Infelizmente, desta vez, por mais que eu procure a fonte do mau contacto, não encontro problema nenhum e, apesar da lâmpada estar perfeita, a questão persiste. Já me foi dito que é coisa recorrente nas PX, ou seja, não é defeito, mais uma vez é feitio. Provavelmente sou eu que não sou muito jeitoso para estas coisas, mas sou certamente teimoso e talvez por isso não me resignei ainda a erguer a bandeira branca e rumar à Old Scooter.

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