Na sequência dos preparativos para o LaL, dediquei-me ontem a instalar o sistema de audio nos capacetes novos que a Nexx gentilmente nos cedeu, a saber um X30 para mim e um XR1R para o meu companheiro de equipa, o Vasco. Como ele está neste momento ocupadíssimo a torrar ao sol em terras Algarvias, calhou-me a mim a tarefa. Afinal quem é o "mouro" aqui :)?
Na resposta do pedido de apoio que solicitei, a Nexx, fabricante nacional de capacetes que surpreende pela qualidade e inovação dos seus produtos, cedeu-nos estes capacetes para fazer-mos o Lés a Lés.
Assim e como nos próximos dias vamos fazer uns milhares de Km's dentro deles, ficam para essa altura as impressões.
A instalação do sistema de áudio, no XR1R foi quase Plug-and-Play, bastando retirar
parte dos interiores, tarefa muito fácil nestes capacetes e instalar os componentes nos seus lugares:
Sunday, 30 May 2010
Thursday, 27 May 2010
Wednesday, 26 May 2010
LaL em TA
Como alguns já sabem este ano vou fazer o Lés a Lés com a Honda Transalp.
Está exagerado?
Pois, desta feita decidi, mesmo correndo o risco de achar a passeata pouco mais que uma saída para o café... ou não, que à Heinkel não lhe estava a apetecer encher de novo os pulmões com o pó da serra do Caldeirão, entre outras.
Depois de conversar com ela, acertei que desta feita seria a Transalp que me levaria em tão agradável viagem.
Tenho estado então a tratar de a equipar (leia-se pendurar) alguns acessórios que me poderão ajudar na viagem.
Ora espreitem lá:
Está exagerado?
Nãããããã
Nem tem malinhas de electricista nem nada...
Tuesday, 25 May 2010
Habemus Barrotem
Não resisti. Pronto.
A coisa começou de forma bastante inocente. Precisava de comprar um cabo de embraiagem. E um serra cabos, já agora. Fui ao site da Sip informar-me de preços e tal. Lembrei-me que podia fazer a compra do pneu que andava a planear já há uns tempos, para substituir o suplente indiano. Já justificava uma encomendazita. Quem compra pneu, compra também uma câmara nova. E já que vou mexer, que tal este plástico para a roda, sempre fica mais bonito que aquela coisa cinzenta que lá está. Aquilo foi em aumento e dai a pouco tempo, sem saber bem como, estava a comprar um escape novo!
Não, não é o kit xpto com carburador maior e mais não sei o quê. Nem sequer é um "escape de rendimento", é um humilde Sito equivalente ao escape de série Piaggio para as Vespas série P, não catalisadas. Tudo o que fiz foi trocar o escape e trocar o filtro de ar por um também das PX mais antigas. Quer dizer, "tudo o que fiz" não é expressão que corresponda inteiramente ao que aconteceu, afinal eu levei horas naquilo. (Perguntem aos meus vizinhos!) O bricolage é muito bonito, mas nem sempre as coisas acontecem exactamente como estava no exemplo ilustrado que estamos a seguir. Falta sempre uma peça qualquer, há sempre um passo que não é mencionado e que nos imobiliza a obra, as ferramentas que temos nem sempre são as ideais, enfim, requer paciência. Mas os resultados podem ser compensadores. Nem eu imaginava quanto.
Sim, sim, muita gente já fez as alterações que eu estou a descrever e todos falavam em grandes melhorias no comportamento do motor da scooter, mas eu tinha as minhas dúvidas. O mundo está cheio de quem acredite que consegue fazer sozinho, com meia dúzia de euros, num barracão, o que uma equipa de engenheiros mecânicos a trabalhar durante anos num projecto não conseguiu. Eu não sou uma de essas pessoas. Desta vez porem, tenho de dar o braço a torcer. As alterações feitas no escape das LML (e Stella/Primadona/etc...), de modo a cumprir as normas ambientais, foram mais além de uma modificação oportunista para manter a scooter em comercialização. Na verdade, quase tiraram a alma à minha Indiana e às outras como ela. E só me apercebi verdadeiramente disso quando, com o filtro e o escape novo já montado, dei ao kick...
Medo! O facto de ter mexido no parafuso do ralenti, que estava então super-acelerado, também ajudou à festa. Que som! E vibrações. Que sensação de... Potência??! Os primeiros metros rapidamente confirmam essa sensação, as mudanças "rendem" mais, o motor está mais disponível em médias rotações, a Indiana está mais ágil, mais atrevida, de repente estou a fazer... ultrapassagens! Há quanto tempo eu não ultrapassava automóveis que não estivessem parados. Por outro lado, parece que ganhei mais vibrações e a velocidade máxima não parece ter sido beneficiada. Também não era esse o objectivo. Mais tarde tenho que ver se preciso alterar alguma coisa no carburador, mas isso vou deixar para quem sabe.
Repito, uma LML com pneus indianos e escape de origem é uma coisa completamente diferente de uma LML com um escape não catalisado e pneus decentes. Ponto final. Paragrafo.
E agora vem a dolorosa. Não a conta, que essa foi barata (Escape para Honda CN = 400 Eur. Escape para PX/LML = 48 Eur). Falo das consequências ambientais e da perda de garantia. Quanto à segunda, ainda não falei com ninguém, acredito que com as minhas alterações, ainda para mais feitas em casa, venha algum "castigo" (no goog deed goes unpunished). Mas mesmo na pior das hipóteses, fico sem garantia do motor, mas fica a garantia do resto dos componentes, chapa, pintura, sistema eléctrico, etc. Nesses não mexi.
Sobre a questão ambiental, essa sim interessa-me grandemente e foi ela que travou a vontade fazer isto mais cedo. Apesar de ter sempre uma voz tipo Darth Vader a ecoar na cabeça e lembrar-me de como havia muito power se me convertesse ao Dark Side, a verdade é que a ideia de desatar a poluir sem necessidade não me agradava nada. Acabei por concluir que se não procedesse às alterações, acabaria por trocar de scooter, mais por razões práticas que outra coisa. Ora trocar de veículo implica investir num novo, e a produção de um novo veículo é também ela terrivelmente poluidora, pelo menos na origem. Digamos que é um mal menor.
A scooter que precisa de ti
Diz o Jay Leno que gosta de automóveis e motos que nem toda a gente saiba conduzir, que tenham os seus segredos, a sua personalidade, as suas peculiaridades, que só o condutor habitual sabe descortinar. Os clássicos são quase todos de este grupo, não tão fáceis de conduzir, e tem algumas idiossincrasias que só o proprietário conhece e compreende. Aquelas coisas mais banais, como meter a marcha atrás num BMW, usar o travão de pé num Mercedes, encontrar a ignição num Saab, são só meros pormenores. Num mundo massificado, onde as pessoas se esforçam por conseguir diferenciar-se comprando produtos de consumo "personalizados", a verdadeira diferenciação passa por estar um pouco fora da Matrix.
O que é que este tipo está para aqui a dizer desta vez? Estou a tentar explicar porque convivo com as manias da Indiana, quando podia ter uma scooter moderna, mais prática, mais barata, mais performante, mais tudo. Como o Jay, acho piada ao facto de nem toda a gente poder meter a mão e sair a conduzir a minha scooter, e gosto da ideia que ela também precisa de mim, não é só um objecto utilitário, tipo frigorífico. A manutenção, o pequeno bricolage, isso transporta-me para um tempo não muito longínquo em que as pessoas estavam habituadas a mexer nos seus veículos e em que não andavam todos cheios de pressa a correr de um lado para o outro, para fazer não se percebe muito bem o quê.
Ainda tenho os dedos cheios de óleo de um desses momentos de diálogo e paz interior. Em breve espero ter aqui algumas novidades da Indiana.
Thursday, 20 May 2010
Yes we can!
Exageraste nas compras do supermercado? A saca de carvão pesa meia tonelada? Levas tudo mal preso porque não troxeste elásticos que cheguem? O admirador de Vespas "das antigas" está a distrair-te com conversa? Não tem problema. Indiana resolve!
Wednesday, 19 May 2010
No cofre indiano
Quando tinha a SH, não trazia nada comigo. Absolutamente nada. Depois, comecei a preocupar-me com a possibilidade de ter um furo, e comprei um kit de tacos para pneus tubeless. Havia também uma corrente que eu usava por vezes, quando sabia que ia estacionar nalguma parte menos recomendável da cidade. E era tudo.
Com uma scooter como a Indiana, esse tipo de à-vontade não é possível. Todo o scooterista que se preze, se conduz um modelo clássico, traz sempre consigo uma quantidade apreciável de ferramentas e peças que possibilitem uma série de pequenas reparações na berma da estrada. Eu já sabia que me faltava pelo menos o cabo da embraiagem, mas não tinha pressa em arranja-lo, confiando na pouca quilometragem da scooter. Já percebi que não posso fazer previsões desse género.
Enfim, vivendo e aprendendo. Aqui fica então o meu pequeno arsenal, carregado a diário no porta luvas sem fundo da Indiana:
1 - Toalhetes para limpar viseiras (e o que for necessário)
2 - Braçadeira elásticas para segurar a carga.
3 - Colete reflector para usar em incursões em vias rápidas
4 - Lenços de papel para tirar o óleo das mãos
5 - Mini lanterna de dínamo.
6 - Kit de lâmpadas
7 - Corrente para prender a Indiana
8 - Vela
9 - 100 ml de óleo de motor
10 - Ferramentas extra
11 - Kit de ferramentas
12 - Saco de capacete
13 - Calças de chuva
Esta é uma lista que está sempre inacabada, sempre a crescer. Muito em breve poderei acrescentar o cabo da embraiagem, um serra cabos e alguma massa lubrificante. Com isso espero estar preparado para alguns quilómetros tranquilos.
Scooter para o povo: Honda PCX
Nestes dias em que somos literalmente esmagados pela avalanche de más noticias da economia, os admiradores de scooters da Honda tem pelo menos uma razão para estar contentes: a nova PCX chega finalmente aos standers da marca neste fim de semana. Nada como uma scooter inovadora e vistosa, com consumos pouco superiores a 2 litros por cada 100 km para alegrar o dia de qualquer um.
Foto: Honda
Muita coisa se tem dito sobre este modelo e tenho mesmo lido alguns comentários estranhos: mesmo sem nunca ter posto as mãos em nenhuma, é perfeitamente claro que não se trata de uma maxi-scooter. Pelas medidas é pouco maior que uma Lead 110, e tal como esta, é também um modelo urbano, se bem que com características diferentes (tamanho das rodas, estrutura tubular sem fundo plano, posição do guiador, etc). Espero começar a ver PCX's a rodar nas estradas do nosso país muito em breve, verdadeiro antídoto para a crise.
Foto: Honda
Muita coisa se tem dito sobre este modelo e tenho mesmo lido alguns comentários estranhos: mesmo sem nunca ter posto as mãos em nenhuma, é perfeitamente claro que não se trata de uma maxi-scooter. Pelas medidas é pouco maior que uma Lead 110, e tal como esta, é também um modelo urbano, se bem que com características diferentes (tamanho das rodas, estrutura tubular sem fundo plano, posição do guiador, etc). Espero começar a ver PCX's a rodar nas estradas do nosso país muito em breve, verdadeiro antídoto para a crise.
Sunday, 16 May 2010
Os jagunços do costume foram vadiar
Como não podes?!
Sábado saída de tua casa e mais nada
Foi assim que dois AMIGOS me resgataram de um longo período de abstinência a que me tenho submetido no que diz respeito a passeios não programados, não combinados, não nada.Com montadas diferentes do habitual, lá segui eu no meio de dois BMW'istas jagunços onde não faltavam malas laterais, faróis suplementares, casacos cinza, Ram Mounts e muitas ventoinhas.Quase sempre por tabuletas que indicavam Rota do Românico, saímos sem destino definido pela estrada de Entre os Rios e sempre a ladear o Douro seguindo para Castelo de Paiva e as suas pizzas, Penafiel, Lousada, Guimarães onde é obrigatório dar um abraço ao Paulo Salgado e uma espreitadela na sua garagem, onde encontrei uma Casal Boss com depósito dentro do quadro que foi a primeira mota em que andei. Regresso pela nacional de novo ao Porto.170Km a uma média de 50 e poucos Km/h, três horitas a rolar fizeram as delicias de uma tarde bem passada, com bem mais do dobro para o Hugo e um pouco mais de Kms para o Sérgio que de Coimbra e Póvoa Varzim respectivamente saíram para me levar a passear
Obrigado.
Thursday, 13 May 2010
The LML experience
Dia 238, km 4085. Estou a caminho de um cafezinho com a minha irmã, na hora de almoço. O tempo é curto e sigo a um ritmo vivo, na zona de Porto Salvo. Numa sequência de curvas encadeadas sou obrigado a meter uma 3ª e sinto imediatamente uma sensação estranha na manete da embraiagem: está solta. Não sou tão maçarico que não perceba imediatamente o que se passa: o cabo partiu. Abrando, sem saber muito bem o que fazer, mas a pressa manda mais que a cautela e resolvo tentar chegar na mesma.
Faço boa parte do caminho sempre sem parar, nem abrandar muito. Passo por Leceia e começo a acreditar que vou pelo menos conseguir chegar ao destino. Mas depois recordo que há uma subida monstra no percurso, uma inclinação onde por vezes a 2ª chega a parecer insuficiente. Na rotunda antes, tomo outro rumo, pela estrada que leva à Fabrica da Pólvora. Pelo caminho vejo vários sinais de sentido proibido. Ignoro o primeiro mas já não consigo ignorar o segundo. Tento abrandar e meter a segunda. A Indiana engasga-se e o motor morre. Estou a cerca de 1 km do destino.
Fico ali parado a tentar conter uma fúria crescente. Poucos dias antes tinha estado na Old Scooter para resolver o problema dos piscas, porque já não funcionava nenhum. Além de um mau contacto no ballon, um dos cabos que liga ao interruptor teve de ser soldado de novo. Quando cheguei a casa fui confirmar o que estava tudo OK e descobri que não tinha Stops. Pensei que fosse da lâmpada, mas afinal era mais um mau contacto, que desapareceu tão misteriosamente como surgiu, mas só depois de eu ter desmontado meia scooter.
Decidido a demonstrar que não era a Indiana e o seu humor instável que comandavam a minha existência, deixei-a abandonada na beira da estrada e fui o resto do caminho a pé. Cedo descobri que fiz bem em obedecer aos sinais, pois em frente à Fábrica da Pólvora estava a PSP, a mandar parar os pópós mal comportados. É sempre compensador cumprir a lei.
Quando regresso para junto da LML, tenho algumas dúvidas sobre como proceder. Posso chamar a assistência em viagem, mandar a Indiana para a Old Scooter e voltar de lá a rodar. Isso gastaria o meu direito a reboque e a oficina fica do outro lado da cidade. Posso também tentar rodar em 2ª, a baixa velocidade, até uma oficina de motos que exista ali perto. Mas uma difícil pesquisa na Internet não revela nenhuma e, impaciente como sempre, resolvo tentar levar a lesionada Indiana até casa, onde resolverei o que fazer.
15 quilómetros, 1 semáforo, 10 rotundas e 19 cruzamentos mais tarde, rodando em segunda velocidade, sempre sem parar, entro na minha rua. Em casa, apresso-me a pesquisar informação sobre troca de cabo de embraiagem e munido desses dados, vou, de carro, comprar um cabo, não de embraiagem, pois ali perto não conheço oficinas, mas de travão de... bicicleta.
Pensei em fazer um bonito "How to" profusamente ilustrado, da troca do cabo da embraiagem, mas no fim estava tão frustrado com as dificuldades, só resolvidas recorrendo ao manancial de conhecimento que é o ScooterPT, e a informação já existente na Net é tão completa, que não estive para isso. Se por acaso também precisarem, eu usei dados daqui e daqui.
Resumindo, o cabo está trocado e a scooter está a funcionar, por um custo de 2 Eur. Mas o pior foi o tempo que perdi e o stress associado. Fico um bocado melindrado com todos estes contratempos ocorridos ainda antes dos 5.000km. Na Old Scooter sempre me resolveram todos os problemas, sem reservas, e só posso dizer maravilhas do trabalho deles. Mas a Old Scooter fica a 30 km daqui... O facto é quando me meti nisto, sabia que ia ter que sujar as mãos, só não imaginava quanto.
Tuesday, 4 May 2010
O Traidor
A saga começa aqui. O que faz uma LML 4T numa concentração de Vespas? Bem ou mal, e a meu ver, isto resulta de políticas comerciais que funcionaram como a seguinte analogia:Imaginem que a vossa marca favorita de calças de ganga (marca X) resolve dedicar-se exclusivamente à bombazine, e vocês descobrem que há uma marca Y que fabrica calças de ganga tal e qual aquelas que sempre usaram (e que
Sunday, 2 May 2010
Economia
Esta foto, tal como todas as que podem encontrar no blogue, é de minha autoria. Já tem no entanto algum tempo e já foi publicada numa conhecida revista de pópós. Recorda pois que os combustíveis nunca foram considerados baratos, mesmo que achemos que AGORA é que o preço está insuportável.
O elevado custo da nhanha de dinossauro que alimenta os nossos motores, aliado à lei das 125cc e ao bom tempo que desta vez parece ter vindo para ficar, tem-se traduzido num maior avistamento de motociclos na estrada. Alguns pertencem aquela tribo que só circula no verão, aqueles do chinelo, camisola de alças e calções. Ou mesmo sem capacete, como já vi por estas bandas. Mas uma parte pertence a (des)enlatados mais esclarecidos que pretendem poupar tempo e dinheiro. São boas noticias, mas quer-me parecer que ainda há alguns mitos que permanecem em relação aos custos de ter uma "mota", mitos e dogmas que me proponho aqui esclarecer.
Quem pretende comprar uma scooter ou mota para deixar o carro em casa, deveria recordar que há uma série de despesas a ter em conta. Pensar só na diferença de consumos entre o carro e a scooter e naquilo que se poupa em estacionamento pode ser um erro.
- O seguro. Dependendo da cilindrada, companhia de seguros, historial do cliente, os preços podem ir do simpático ao exorbitante (leia-se pagar mais do que pelo pópó). Ou podem mesmo negar-lhe o seguro... Uma constante é que as scooters ou motos completamente novas serão sempre mais caras de segurar que um modelo usado ou mesmo antigo. Estranho mas real.
- As revisões. Os intervalos são curtos, dependendo dos modelos podem ser tão curtos como 3.000 ou 4.000 km. Os preços são elevados, sobretudo nos representantes oficiais das grandes marcas, podendo custar mais do que uma revisão do carro. Quanto maior for a cilindrada da scooter e mais carenagens tiver o modelo (mais material para desmontar até chegar ao que interessa = mais mão de obra), mais cara será a revisão. É claro que nisto há segmentos muito distintos, uma Yamaha YBR 125 está mesmo pensada para ter uma manutenção muito barata, o que já não é tão verdade para uma Yamaha X-Max 125, por exemplo. Naturalmente o conforto e as performances também são diferentes...
- Consumo de combustíveis. Ter uma Maxiscooter de 400cc, necessária para quem se propõe fazer muitos km de autoestrada todos os dias, com um consumo a rondar os 4 l/100km, pode parecer uma proposta tentadora. E eu acho que é. Mas se mantiverem o carro lá de casa e as despesas a ele associadas, vão ver que as poupanças não serão assim tão significativas, afinal vão ter de sustentar dois veículos. As "motas a sério" são ainda mais gulosas, sendo que a maioria devora gasolina ao ritmo de um carro diesel de média cilindrada. Os modelos realmente económicos são as scooters e motos citadinas de 125cc, com injecção de combustível (os carburadores são tão Séc. XX!). As actuais recordistas serão talvez as Honda Inova e CBF 125 que permitem fazer médias pouco acima dos 2 litros por cada 100km. Podem consultar os consumos reais de muitos modelos de scooters e motos aqui e aqui.
- Outros. Circular num motociclo exige algum equipamento de protecção, que naturalmente tem que se comprar antes de se começar a utilizar a scooter nova. O capacete, blusão e luvas são o investimento mínimo. É uma despesa que não precisa de ser significativa e será "amortizada" ao longo dos anos, mas que convém contabilizar. Se tiver um acidente quase de certeza precisará de assistência médica. Se o seu seguro não cobrir, as despesas podem ser avultadas. Por fim, convém não esquecer que os motociclos acima de 180cc pagam imposto de circulação, ver tabela.
Não pretendo desencorajar ninguém de se tornar scooterista, motociclista ou simplesmente utilizador de veículos de duas rodas, muito pelo contrario. Mas tenho constatado que há alguma confusão na cabeça de pessoas que se metem nisto para poupar dinheiro. É claro que as poupanças, grandes e pequenas, são possíveis. Mas não em todas as situações.
Pessoalmente, abdiquei do carro há muito tempo, a Indiana consome 3,3 l/100km e tem uma manutenção muito barata. Já nem sinto que estou a poupar, é só o "normal". Um pouco como quando deixei de fumar. Mas em bom.
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