Wednesday, 30 December 2009

Honda Transalp XL600V


Há escolhas que não se explicam, fazem-se. Eu nunca fui sequer muito adepto das motas na sua versão “grande”. Sempre me interessaram muito mais as Scooters se bem que conviva bem com elas como se tem percebido por passeios em que tenho participado. No entanto há algo nessas máquinas, grandes, fortes, com presença que afinal até me atrai. Confesso que no tempo da adolescência, ter uma “máquina” era um meu desejo, bem como de quase todos os adolescentes, bem entendido, mas lá me fui contentando com a Heinkel e muito bem, convenhamos.
O tempo no entanto não deixa esquecer tudo e mais cedo ou mais tarde aqueles desejos mais escondidos acabam por fazer as suas reaparições.
Deve ter sido o caso. Ainda quase não a usei e também deve ser por isso que aquele porte altivo, pernas compridas e ronronar de leão me intimidam um pouco. Mas ainda bem. As motas são para serem tratadas com respeito. São como as mulheres. Com calma dão-nos muito prazer, mas se abusarmos pode ser uma chatice.

Sunday, 27 December 2009

What do we have here?

I've had an email from a mate in Indonesia who has come across these old girls in a shop workshop/shed and wants to know if I want them??? Hmmmm?? What to do? ;)

Looks like a couple of old GS150's to me, and the gold handlebar model with farro basso lamp..? Not sure??

I'm awaiting prices on stripping, crating and shipping first before deciding what to do but not much known on their history so that can be hard.

Another barn find story, my mate who does my machine work and welding etc is also a pilot. He met up with a guy recently who is in rural victoria for summer as a water bomber pilot but his summer project between fire calls is to get an old Rally 200 going, one he found recently in a shed down here and bought for $100. Yes, that's right. one hundred dollars!! :0 He changed the sparkplug, added fuel and kicked her over, off she went!! I've been helping him out with parts so maybe he'll be kind to me when summer is over and I might get a cheap Rally.

Which brings me to the next thing, time to get rid of some old Vespas I think! I'll probably flog the 150 Supers, keep the SS180 and GTS300 and just go back to the buying and selling rather than buying and keeping! :)

MERRY CHRISTMAS ALL, Safe Scootin' for 2010.














Friday, 25 December 2009

Boas Festas!

Notem a gravata apropriada para as festas da quadra Natalícia, embora talvez fique um pouco deslocada da noite da consoada e no almoço de família... Boas Festas para Todos!

Wednesday, 23 December 2009

Molha Monumental


Hoje tive oportunidade de sentir na pele o mau tempo que tanto tem dado que falar nas últimas semanas. De uma forma ou de outra acho que tinha sempre conseguido aproveitar, por engenho ou sorte, aquelas abertas em dias piores. Evitava os momentos de chuva mais intensa, circulava nas horas do dia em que fazia menos frio, chegava sempre a casa com algum conforto.

Não hoje.

Sai mais cedo do trabalho, disposto justamente a evitar algum momento meteorológicamente mais agressivo. Estava equipado com as costumeiras calças de chuva, o habitual blusão "motard" (tenho que ver se me livro daquilo), que é impermeável, luvas de inverno e capacete modular. Chuviscava quando comecei o trajecto de pouco mais de 10 km. Em poucos minutos os chuviscos transformaram-se num diluvio de proporções bíblicas que alagou as estradas, fez saltar tampas de esgoto e reduziu drasticamente a visibilidade. Algumas rotundas pareciam lagos e andei boa parte do caminho sem conseguir ver o asfalto que estava a pisar, sempre atento à possibilidade de enfiar a roda da frente num buraco maior que ela... Não é bom.

Tive ainda a surpresa de constatar que também de scooter é possível projectar muitos litros de agua para os lados, enquanto se sente a que bate no guarda-lamas está literalmente a travar o nosso progresso. Sim, havia assim tanta agua! Por outro lado, não senti falta de aderência nem problemas de tracção. Mais um ponto para os pneus.

Ao chegar a casa, tinha pela primeira vez os pés completamente encharcados, tipo esponjas de banho. As luvas não resistiram, eram como sacos de agua. Com agua. O casaco também cedeu, a minha barriga estava molhada!

Enfim, para o scooterista, ter o equipamento certo ajuda muito. Saber evitar a fúria da mãe natureza ajuda ainda mais.

Chuva, não rima com espírito natalício

Há qualquer coisa de lobisomem no ser humano, quando chove. Sim, não é na lua cheia, mas quando chove e têm um veículo nas mãos. Ok, não se transformam em lobos a uivar à lua, mas noutra coisa qualquer por descobrir e com reacções mais perigosas que um uivozito de um animal, meio homem, meio bicho com laivos de coisa.Não consigo relatar as figurinhas que vi serem feitas, na estrada, por ter caído

Wednesday, 16 December 2009

E esta, heim?

Uma breve, apenas para vos dar conta que a SIP scootershop anda de olho em Portugal... ou melhor, nas fotos dos portugueses... ou melhor ainda, atento ao que os seus parceiros portugueses andam a fazer... ou nada disto!Na última newsletter da SIP saiu uma foto de um dos passeios do Vespa Clube de Lisboa, à Serra da Estrela, tendo com protagonista o Manel das Vespas, o homem por trás da Oldscooter

Tuesday, 15 December 2009

Próximo sábado...temos festa no Europa!!



Olá a todos, vimos anunciar a próxima festa...é já neste sábado!
O Miguel Angelo será o nosso convidado de luxo, amigo e modernista de longa data, temos a certeza que vai brindar-nos com uma muito pessoal e transmissivel selecção musical do mundo moderno, desde os anos 60 aos dias de hoje. Aparecam cedo, que o Europa vai encher pelas costuras. Vai estar quente...muito quente!! Tragam a amigos também...

Monday, 14 December 2009

Moscas da Figueira II


Quem esteve no Camping perceberá por que motivo este ano na Figueira não havia moscas!
De qualquer forma não levei a T5, tendo escolhido a minha montada mais experiente e fiável, a Heinkel, para me levar a uma almoçarada com amigos. Do Porto saíram os suspeitos do costume, e debaixo de uma temperatura que apesar do Sol embirrava em nos lembrar que estamos no Inverno, pela hora marcada lá arrancamos do Dragão. Em velocidade de cruzeiro, ou seja despachadinhos, lá chegamos a Aveiro pelas 9:30h. Tempo para um cafézinho enquanto esperávamos para engrossar a comitiva com uma Indiana e uma Portuguesa, dado que Italianas e Alemã já tínhamos.

Ajustando a nossa velocidade para o ritmo de que a Carina gosta e passando a usar estradas nacionais a viagem ganhou outro encanto. Como escreveu o nosso amigo TodayAdventure: "The purpose of a trip is the trip itself. If you go too fast you miss all the fun"
E que verdade é esta. Deve ser também por esse motivo que gostamos tanto de scooters.
11 horas e pouco estávamos a estacionar na Marginal para nos libertarmos das várias camadas de roupa que nos tinham protegido das baixas temperaturas e a admirar o extenso e bonito areal, pontuado pela presença de algumas scooteristas femininas que tanta beleza emprestam a estes nossos encontros. Ainda por cima uma delas é uma excelente fotógrafa. Obrigado anacristinarm, estás nomeada fotógrafa oficial do ScooterPT :)

Após a chegada dos restantes comensais (O mexe veio de carro com a Maria :twisted: ) e duas de conversa com o meu companheiro de equipa do LaL, o S800 e ainda colagem de autocolantes (já agora, ao ver uma qualquer Lambretta chegar fui oferecer um toclante ao dono mas este olhou para mim com ar desconfiado e apenas me "autorizou" a colar o dito no pneu suplente!! Como se aquela pintura de "orige" valesse mais que o toclante! Quem seria o cavalheiro? Ainda por cima não apareceu no almoço! Provavelmente alguém que tirou a scooter da redoma por engano? Ou apareceu apenas para ter uma desculpa para não ir à missa com a Maria? Enfim). Lá seguimos então para a passeata pela serra, onde o Hugo, aquele tipo estranho de boné e mochila amarela com uma Top-Case da Givi na roda baixinha fez questão de parar para me recordar do local onde da ultima vez a T5 fez birra!

Magnifica paisagem e muito frio mais rumamos para o restaurante, onde desta vez o nosso conhecimento já nos permitiu escolher o talher certo. Barrigas confortadas, muita conversa e fica já o agradecimento especial ao Marrazes, ex-dono de uma magnifica T5 que agora pertence a uma miúda gira que por acaso, mesmo por mero acaso, é namorada dele e nossa única companheira de estrada aos comandos, mas dizia eu, fica um agradecimento especial por se ter lembrado de partilhar connosco a passeata que lhe apeteceu fazer. O ScooterPT é isto. Alguém que se lembra de passear com alguns amigos e publica a intenção para que todos possam aparecer. E apareceram suficientes.
Hora de levantar ancora, pois de scooter o país é grande e mais uma vez o tipo estranho de boné e mochila amarela com uma Top-Case da Givi na roda baixinha a querer chamar a si as atenções, desta vez esvaziando o pneu da frente para poder mostrar a todos a habilidade que tem em resolver problemas com a anilha!
Para a estrada que se faz tarde e a comitiva nortenha escolhe a Auto-Estrada pois o frio e o tempo apertava. Liderados pelo Paulo Salgado, a fazer desjejum de scooter na sua Gatinha Bravita com "faro baso" e Target no pneu suplente, lá fizemos N109 até Mira e depois auto-estrada até casa. Muito trânsito, muito frio e numa velocidade máxima de 99Km/h, lá percorremos os 144Km's em 2 horas. Pelo caminho paramos para uma café em Ovar e no Porto o Paulo ainda seguiu para Guimarães.
No pulso levei um brinquedo que denunciou a nossa passagem :D

Sunday, 13 December 2009

Dia 89


Agora que já ultrapassei a quilometragem oficial indicada pela LML para a rodagem, agora que já trago comigo os documentos definitivos da scooter (demoraram cerca de 2 meses e meio), agora que já troquei de pneus, que já abasteci de óleo de marcas diferentes, que já lhe comprei accessórios, já rodei com chuva e vento, já lhe retirei os primeiros pontos de ferrugem que surgiram nos espelhos, já lhe fiz os primeiros arranhões, agora que já sou daqueles que têm sempre pelo menos uma vela e ferramentas no porta-luvas, agora que já não falho passagens de caixa, agora já sinto que a Indiana não é mais uma novidade e passou a ser "da casa".



Nestes quilómetros aprendi algumas coisas, porventura mais que o que podia ter experimentado num qualquer modelo de scooter moderna. Trocar os pneus, ainda novos, por não estar satisfeito com a performance dos que tinha, teria sido impensável na SH, não só pelo custo como pela trabalheira envolvida.

E essa troca de pneus foi mesmo muito importante. A diferença de comportamento, em piso molhado e em curva, por exemplo, é abismal. Mas o atractivo da Indiana não se resume à simplicidade mecânica e abundância de peças baratas. Poder resolver (quase) tudo em casa e a um custo baixo é bom, mas não é o principal atractivo desta LML. Pelo menos não para mim.

Comprar uma scooter desenhada há mais de trinta anos, pequena e lenta, numa era onde toda gente tem imensa pressa e a felicidade parece ser possuir o veículo mais moderno, mais veloz, mais confortável, é no mínimo coisa de um nostálgico. Do coleccionador de Vespas Old School, ao amante do design, quem compra uma LML está a enviar um certo tipo de mensagem. Optar por uma LML quando existem inúmeras outras propostas no mercado, mais potentes e capazes, é talvez um rejeitar do progresso, o de uma certa ideia de progresso. É claro que há razões históricas, em Portugal, para o sucesso das bonitas scooters indianas. Mas para mim... eu quero simplesmente abrandar, viver ao meu ritmo. Não quero passar pela vida a correr, de um sítio para outro. Na Indiana vou sempre pela estrada com paisagem, a uma velocidade que me permite absorver o que se passa a minha volta. Qual é a pressa?



A Indiana é a minha máquina do tempo e o meu sofá de psicólogo. É ao mesmo tempo burra de carga de material fotográfico e top model em passeios à beira mar, viatura utilitária para ir ao supermercado e aos correios, e sprinter audaciosa para chegar a horas ao trabalho.

Quem poderia pedir mais?

Spreading the love


Sendo utilizadora ocasional das minhas scooters, a Marta deixou-se intimidar pelo tamanho da CN e pela caixa manual da LML, pelo que há muito tempo que não pegava num motociclo. Ontem finalmente deu umas voltinhas na Indiana, só para experimentar.



Apreciadora de scooters modernas, a Indiana não é bem o modelo que ela mais desejaria pilotar, mas pelos sorrisos, ninguem diria...


Mete mais óleo



Acho que sou de origem marroquina ou coisa do género. Este frio que se faz sentir tem-me limitado as deslocações, mesmo que a Indiana continue a ter utilização diária. Assim, só há poucos dias ultrapassei a barreira dos 2,000 km, o valor indicado no manual para a rodagem. Chegou também a hora de colocar mais uma litrada de óleo.



Desta vez não fui em cantigas e atestei com o muito recomendado Castrol TTS. Há quem argumente que estes motores foram desenhados originalmente para utilizar óleo mineral e que colocar um moderno óleo 100% sintético é deitar dinheiro fora. Eu, não podendo dizer nada sobre a durabilidade do motor utilizando um ou outro óleo, sou pelo menos sensível à questão do fumo e do cheiro. E nesses dominios o TTS, que vinha de origem na Indiana, ganha por muitos pontos.



Km percorridos: 2128
Média de consumo: 3,28 l/100km
Velocidade máxima em plano (velocímetro): 85 km/h

Friday, 11 December 2009

Prendinhas

Apesar de não achar muita piada aos contornos consumistas desta época do natal, não resisto a deixar umas sugestões.Se estão a pensar remodelar o vosso escritório, têm uma mão cheia de euros e mais do que idolatram a vossa scooter italiana (existem também outros veículos), eis a solução.Para mais detalhes: http://www.belybel.com/Se por outro lado, já estoiraram o orçamento todo em kits e outros

Thursday, 10 December 2009

Passeio ao Dolce Vita

No passado dia 31 de Outubro….

Após uma decisão repentina alguns membros deste grupo decidiram ir tirar o pó às suas Vespas e onde …. Numa voltinha até Lisboa onde iria se realizar um passeio organizado pelo DOLCE VITA Tejo.Nada melhor do que o ponto de encontro as 5 da manha na BP em Quarteira e partir rumo a Lisboa, temperatura ambiente a rondar os 10º graus nada demais ….. o pior começou a partir de SB de Messines onde deparamos com uma cortina de nevoeiro cerrado até Setúbal em que durante mais de 150km não se via a mais de 30 metros a frente do nariz.

As habituais paragens pelo caminho para atestar e beber o cafezinho da ordem, Ourique, Grândola e por fim Setúbal onde estavam mais uns quantos Vespistas a nossa espera, para rumar-mos ao ponto de encontro no Cais do Sodré, onde fizemos a passagem via barco.

Já em Lisboa propriamente dita uma bela quantidade de vespas estavam presentes para a voltinha pela capital com escolta policial até ao DOLCE VITA.

Bom belo dia passado entre amigos já conhecidos em suma viagens e voltinhas 935 km em quase 20 horas ….

Que venham mais voltinhas destas … e o nosso obrigado.

Elemento participantes nesta voltinha (Billy, Dani, Raul)

Sunday, 6 December 2009

Scuderia Sereníssima


Poque agora chove, sabe bem recordar o calor:
Queria contar o Lés-a-Lés, mas afinal o Lés-a Lés não se conta... sente-se.
Sente-se na alegria, sente-se na aventura, sente-se na dor, no frio e no calor, sente-se na pena, no orgulho e no desafio, sente-se na paz, na luta e na chegada. Neste nosso país de contrastes, o LaL consegue, com apenas algumas horas de permeio, levar-nos do mais recôndito cantinho serrano onde cada aceno simboliza um sorriso, para a urbe de trânsito, poluição e desenvolvimento, de altitudes de 1500 m para o profundo vale, da neblina de sombras frias para o ar tórrido que nos desafia a tirar o casaco.
Deixa-nos na memória a beleza selvagem da natureza em bruto e a criança da aldeia que sorri ao ver passar a caravana por de momento único se tratar. Sucedem-se caminhos de terra, estradas esburacadas, trilhos e alcatrão esbranquiçado. Misturam-se motos equipadas para irem ao Alasca com pequenas motorizadas que em tempos faziam suas estas passagens, scooters modernas com máquinas clássicas. Fazem-se Km´s por causas, revêem-se amigos e desafiam-se limites. Deixam-se em alvoroço lugarejos e em festa aldeias. São duas etapas que para muitos é uma volta a Portugal. Uns encontram a oportunidade para tirarem a sua máquina da garagem e devolvê-la ao seu habitat, outros apenas intensificam a sua utilização quase diária. Mais do que os motores, é a inter ajuda dos motociclistas não só portugueses, mas também espanhóis, franceses, alemães e angolanos, que ajudam a transpor serras e vales. Se se gosta de sensações e sentimentos fortes, o LaL é a escolha certa, mas cuidado, após experimentarem facilmente ficarão viciados e sem conseguir deixar de repetir. Eu que o diga pois após completar com sucesso (e muito atraso) a passeata do ano passado, lá voltei a instalar o leitor de Road-Book e o conta Km´s digital, preparei o saco e perguntei à minha máquina preferida, uma Heinkel Tourist 103A1, com a respeitável idade de 49 anos, se lhe apeteciam 2000Km’s. Ela nem hesitou em aceitar e depois de chegar o Vasco, já com 300Km’s em cima na sua pré-clássica Honda Helix, lá seguimos juntos para Boticas onde se iniciou este 11º LaL. Formávamos uma equipa diferente, com a soma da idade das máquinas a chegar aos 64 anos mas com a ideia da reforma ainda longe. Já com a logística antecipadamente tratada e após jantar e pernoita em Amarante, passamos o Marão ainda com as sombras frias de um aguaceiro nocturno, chegando a Boticas pelas 9:00h. Mesmo a tempo das verificações técnicas e atribuição do número de equipa. “Three is a magic number”, canta Jack Johnson e nós não poderíamos estar mais de acordo. Com o número de equipa 3 atribuído, dirigimo-nos à Casa de S. Cristóvão, um alojamento de turismo rural a 50 metros do palanque gerido por gente muito simpática e disponível, onde nos foi atribuído o quarto número...3. Saída para o Prólogo, um périplo servido sempre no dia anterior a esta prova, pelas serranias do Barroso e aldeias do concelho, mostrando-nos maravilhas como o relógio de sol em Alturas ou o forno comunitário de Covas do Barroso.
Regressados com algumas baixas na comitiva, tal foi a dureza do passeio, a tempo de recebermos a grande surpresa do dia com a visita do Paulo Salgado na sua Heinkel, que terá afirmado à mulher quando saiu de Guimarães que iria dar uma volta para carregar a bateria! Obrigado pela tua presença, repetida na madrugada seguinte, dessa vez acompanhado pelo Eusébio. A vossa força surtiu efeito. Ainda tempo antes do jantar oferecido pela câmara municipal de Boticas para assistir a uma chega de bois, que eu até à altura não fazia a mínima ideia do que se tratava, onde ficou célebre o comentário, dito com entusiasmo por um verdadeiro fã local da actividade, “Grande boi, isto é que é um boi”!!
Pelas sete da manhã do dia seguinte, iniciamos a 1ª etapa que nos levaria a atravessar o Douro vinhateiro e as Beiras, pela rota histórica do Barroso à Beira Raiana em 11 horas e meia de condução a completarem uns tortuosos 412 Kms. Fomos a segunda equipa a partir, fotografados de imediato pelo Paulo e Ozébio, uma vez que a equipa 1 foi forçada a desistir devido a um infeliz despiste no dia anterior. Assumimos de imediato a liderança da caravana e graças à boa coordenação entre mim e o Vasco, mantivemo-nos durante quase todo o dia nos lugares da frente. Passagem por Pedras Salgadas e pelo Tâmega a caminho de Tresminas, exploração aurífera do tempo dos romanos, café oferecido pela câmara em Murça, seguindo por Linhares e Ansiães, com o Douro por companhia no cachão da Valeira enquanto que a subida da temperatura fazia já adivinhar a canícula que nos acompanharia até Olhão. Passando por Ranhados a “Scuderia Sereníssima” chega a Mêda para o almoço oferecido por esta câmara, a cumprir religiosamente o horário estabelecido. Retemperadas as forças e confortados os estômagos seguimos por Marialva, Pinhel, Malhada Sorda e Castelo de Vilar Maior. No Sabugal esta câmara municipal brindou-nos com um lanche servido em Alfaiates e rapidamente rumamos a Castelo Branco por Sabugal e Sortelha com passagem ainda pelo Fundão.
Entrada em Castelo Branco, onde chegamos 5 minutos antes da nossa hora, permitindo-nos ser os primeiros a subir ao Palanque! Sim, a “Scuderia Sereníssima” comigo e com o Vasco, com uma Heinkel e uma Helix que em conjunto somavam quase a idade da reforma chegou a Castelo Branco em primeiríssimo lugar entre 874 motociclistas!
Durante o completo jantar ofertado pela câmara albicastrense, estivemos à conversa com a equipa 39, o Outeiro e o Fontes, estreantes nestas andanças, mas que souberam levar a cabo com sucesso a passeata e ainda nos acompanharam no regresso a casa.
A madrugadora partida da segunda etapa foi dada às seis horas e meia com o tempo já quente apesar de encoberto. Aguardavam-nos 508 ardentes Km´s até Olhão, por um interminável Alentejo tórrido.

Travessia do Tejo em Portas do Ródão, com o calor a aumentar à vista dos sete metros de altura do menir da Meada. A Serra de S. Mamede começa a pôr à prova a capacidade de refrigeração dos travões das máquinas, com a Heinkel a portar-se bem nas acelerações entusiasmada pela Helix do Vasco que seguindo sempre uns 50 metros à frente, permitia-me avaliar antecipadamente as curvas e aproveitar assim ao máximo os 9,5Cv do motor da Heinkel. Ajudou aqui também muito o sistema de intercomunicadores com que nos equipamos, com o Vasco a relatar a estrada que me esperava. Seguiu-se Flor da Rosa, Crato, Alter do Chão e Veiros com o seu belo pelourinho em mármore, Borba e Vila Viçosa, Alandroal e Mourão.
Chegados à nova aldeia da Luz, talvez a única no país com ar condicionado no tasco local, tempo para uma salada fresca a servir de almoço. Os parabéns à câmara de Mourão pela escolha. Com o calor sempre a aumentar, um vislumbre à saída de Amareleja da maior central foto voltaica da Europa e entrada em Moura onde eu já não ia há mais de 20 anos. O termómetro marcava para cima de 40ºC! Serpa e a dura descida ao Pulo do Lobo... que tivemos de voltar a subir. Finalmente na fronteira com o Algarve, através da ribeira do Vascão, caminho muito duro e onde sentimos algum orgulho em a termos atravessado sem sobressaltos, ao invés da algumas trails que estariam, em principio, no seu habitat natural. Seguiu-se a Serra do Caldeirão, poeirenta e quente, a parte mais difícil para mim, feita sem travão de trás e com o da frente tão quente que a sua actuação quase não se notava. Valeu-me o valente motor de 4 tempos da Heinkel, com algumas reduções e entradas em curva a serem feitas de forma mais brusca que o aconselhável. A ponte romana de Quelfes anunciou-nos a proximidade do final que já ansiávamos em atingir. Entrada em Olhão, para nós triunfal, apenas uns 15 minutos após a hora ideal e subida ao palanque de imediato. Num cenário de festa onde ficam os agradecimentos à câmara desta cidade, elogiados por todos, entrevistados pela televisão e imprensa da especialidade, conseguimos nesta maratona provar a capacidade multifacetada das Scooters e de uma equipa motivada e organizada.
Obrigado à organização e em especial ao Ernesto Brochado, bem como ao meu companheiro de equipa, o Vasco.





Friday, 4 December 2009

Mike Meyer RIP

I worked with Micheal Meyer for several years at Art Outfitters in Little Rock Arkansas.Mike and I were instant, and irrefutable friends. He was an old school punk guy, I was an old school punk guy, we work together,, we had many friends and acquaintences together, we went to the same art openings, we shared an easy an instanteous friendship, which I for one took too much for granted.And now he