Monday 17 March 2008

Lost in a Roman Wilderness of Pain


Nem tanto, mas quase. O meu pé afinal está partido. Andava cheio de dores e o raio do pé não desinchava, já lá ia uma semana. Fui visto por um ortopedista num hospital particular, que identificou 5 fracturas na mesma radiografia que eu tinha tirado nas urgências do S. Francisco Xavier e segundo a qual me tinham mandado embora com uma receita de antinflamatórios. Eu voltei lá e eles disseram que não era grave... Depois de esperar umas horas, uma ortopedista que estava muito ocupada a fazer uma dúzia de outras coisas mais importantes engessou-me o pé, numa sala suja onde entrava alguém cada 25 segundos.

O relatório da policia ficou pronto a semana passada e fui logo entrega-lo à seguradora. O gráfico parece bastante esclarecedor, (ver mais abaixo) mas a experiência diz-me que os tipos da minha seguradora às vezes nem com desenhos vão lá, por isso ainda não estou totalmente descansado.


E pronto, agora só me resta esperar. Esperar até 7 de Abril para retirar o gesso, esperar que quando isso acontecer o pé esteja mesmo a 100%, esperar que me marquem a peritagem e que me arranjem a mota como deve ser e não com uns remendos, esperar que me paguem todas as outras despesas, médicas e de transporte, esperar que ainda tenha emprego se e quando lá conseguir voltar a meados de Abril, esperar que alguém me pague este período de inactividade já que a segurança social não o faz (sou trabalhador independente), esperar que nada desagradável aconteça entretanto (há dois dias arranjei maneira de cair de umas escadas...) Entretanto, vou tentar não pensar que estou aqui preso em casa, vou tentar não pensar que estou falido, que não tenho seguro de saúde... E vou tentar não pensar nos eventos a que faltei ou vou faltar, alguns deles já tinham exigido despesas e planeamento prévio: a Motoexpo, a mini-maratona, os 100 km de Portalegre?

Esperar é mesmo coisa sobre a qual a minha mãe diria que eu não tenho muito jeito.

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