Friday, 28 April 2006

Scootering

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No ultimo numero da "biblia", a Scootering. Traz-nos uma entrevista com Graham Coxon, guitarrista dos Blur, que acaba de lançar album a solo. E mais algumas novidades do mundo da musica. Mas a materia prima desta revista são mesmo as scooters. E directamente das garagens/oficinas de todo o mundo, vao surgindo novidades. Truques novos, invençoes geniais. Ok, umas sao inovadoras, outras sao mais esteticas e mesmo dentro deste capitulo, podemos dividir noutros sub-grupos, as modificaçoes ou restauro das scooters classicas. Retro ou futuristas, enfim um mundo apetecivel e sempre em constante mutaçao. Como nos gostamos. Quem é que disse que uma Vespa nao pode ter travoes de discos no pneu nas duas rodas? Vejam o caso da Vespa PX200 da Helen, num estilo bem germanico...
ft2
Podem salivar com algumas "poderosas" maquinas atraves do sitio deles, na net...aqui.
Ou entao nos links ali ao lado. Por falar em links, esta semana colocamos mais um, o scooterhelp que ao longo destes anos se tornou incontornavel no que trata a informaçao total, sobre mecanica e dicas de manutençao sobre as nossas queridas Vespas. Porque o Verao esta ai a porta...e os belos passeios.

Nao ande de Vespa sozinho, quando pode andar bem acompanhado...
Neste fim-de-semana recomendamos: Burros

Thursday, 27 April 2006

Exposicao Vespa Clube Lisboa



Este vosso companheiro andou durante semanas embrenhado no arquivo do Vespa Clube de Lisboa e selecionou algumas fotografias que representam os primeiros anos do nosso clube. As imagens remontam aos anos 40, 50 e 60. De certo que esta sera a primeira de muitas Exposiçoes sobre o acervo fantastico do mais antigo moto clube do nosso pais. A partir de hoje e todas as quintas-feiras podem dar uma vista de olhos nestas gloriosas fotografias e tambem algum material que fomos guardando ao longo dos anos de vespismo, onde surgem lembranças de varios clubes congeneres europeus e mundiais, fruto de muitas presenças em Eurovespas e de um forte ligaçao de amizade nascida no meio vespista mundial. Desde 1954... inauguraçao hoje a noite. Na nossa sede, ali na Av. Infante Santo, nº63, R/C Dto. Entrada livre.

Monday, 24 April 2006

Cultura Geral ....... 23 de Abril

Foi no dia 23 de Abril de 1946 que a patente VESPA foi registada por isso já lá vão 60 anos de vida .......... Informação cedida por um bom amigo que anda sempre em cima das datas principais desta maquina fabulosa........ Nuno Mesquita

Friday, 21 April 2006

Grandioso fim-de-semana Vespista!! Passeio Lisboa-Benavente-Lisboa e Mod party

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Aleluia!...Aleluia!!...
Finalmente temos data para a nossa primeira festa Mod. A primeira em Portugal!
Vai acontecer num domingo, a tarde. uma matinee dançante. Bem no coraçao da capital, ali na baixa de Lisboa. Mas novidades neste espaço brevemente.
Marquem nas vossas agendas os dias 13 e 14 de Maio.
O programa das festas reparte-se pelo fim-de-semana. No sabado dia 13, logo pela manha encontro em local a definir e estrada com elas... Benavente sera o ponto de chegada, onde esta uma exposiçao sobre Vespas, sendo o ultimos dias desta fantastica exposiçao. Aproveitamos e vamos ficar a conhecer melhor as redondezas. Num passeio que tera como percurso a mitica e bela estrada da rota do vinho e do cavalo junto ao rio Tejo. Depois do regresso a Lisboa. Noitada com entrada em alguns dos mais badalados club's (para os mais resistentes) e preparacao para o dia seguinte.
Domingo, festa Mod. a ter inicio as 15h e a terminar as 20h. Inclui cha e aperitivos, projecçao do filme Quadrophenia (versao original) seguido de bailarico sofisticado por dj's especializados em ska, northern soul, mod jazz, mod rock, 2-tone, reggae..
Mais uma vez, anotem nos vossos telemoveis, agendas e demais gadgets modernaços, os dias 13 e 14 de Maio.
Nao vamos a Cova da Iria, mas iremos ser iluminados pela Luz do Senhor!...

Thursday, 20 April 2006

Trofeu Vespa 2ª Prova Abrantes

Era para se ter realizado no dia 9 de Abril mas infelizmente foi anulada/adiada..... Com muita pena minha e de todos os outros concorrentes.

Wednesday, 19 April 2006

The Streets, o novo ja esta na rua...

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Ainda nao ouvimos o mais recente album dos The Streets! O disco teve honra de ediçao nacional no passado dia 10 de Abril. Mike Skinner, o mentor da coisa, traz-nos mais alguns saborosos retratos sobre cultura da bola/casual/stella na mao. Historias sobre telemóveis, e discos, e "kebabs", e "geezers", e multibancos, e pubs, e férias em "resorts"...
E nada de glorificação. Descrição e sentido de humor e de um contador de histórias do caraças!
Se quiserem descobrir mais sobre este rapazola fixe, apanhem o "a grand don't come for free" ou entao o album de estreia "Original Pirate Material". Nunca ouviram falar dos The Streets?! Pois,a RFM nao passa estas "grandes musicas"... Ora toma la o video mais recente...

Tuesday, 11 April 2006

Mods de ser ou não ser, eles aí estão






Acordei Mod algures no começo de 2006?
Depois da militância punk e pós-punk na década de oitenta eis-me a entrar na última década do século XX, tudo ou quase tudo estava inventado, só nos restava, o quê? Sei lá.
Adoptei um visual mais discreto, passei a ser um agente subversivo infiltrado no sistema, cortei o cabelo curto e passei a usar calças do tipo clássico, daquelas com pregas, só que as usava com ténis criando assim um estilo retro-moderno, em vez de blusões e afins escolhi as parkas pois permitiam liberdade de movimento e tinham um corte interessante, as t-shirts e as camisolas mais justas do que largas. Cores? Sim, colorido se faz favor, já chegava de preto durante anos. Para uma sociedade cinzenta a cor era uma surpresa. E na segunda metade da década, o toque de mestre, o chapéu, primeiro branco, e depois definitivamente cinzento, daqueles clássicos, tipo dos gansgters de Chicago, não esquecendo que não é o chapéu que faz o homem mas o homem é que faz o chapéu, entendem?
O jazz e a música brasileira são os novos interesses, o acid jazz fez também a sua apresentação, cheguei a ir ao Hot Club durante as gravações de um documentário com uma t-shirt a dizer Acid Jazz, só para chatear os puristas, afinal o punk em mim nunca havia morrido, apenas adormecido. Ainda antes tinha acontecido a década de sessenta na minha cabeça, nasceu uma paixão pelo orgão Hammond, devorava uma cassete com os Animals de um lado e o Spencer Davis Group do outro, os vinis de bandas de garagem americana e psicadelismos correntes, filmes com a Ana Karina, filmados como a vida é, sem artifícios, verdadeira, mas com umas pitadas valentes de poesia, e vindo dos anos cinquenta o "On the Road" do Jack Kerouac como livro boleia.
Acordei Mod?

Mod? Isso pega-se?
As raízes vêm da segunda metade da década de cinquenta mas a consciencialização e afirmação foi no início da década de sessenta na Inglaterra e especialmente em Londres. Mais do que um simples movimento juvenil o Mod é uma reacção, um grito de afirmação da juventude perante a sociedade de consumo que se erguia passados anos do final da Segunda guerra. Eram jovens e trabalhavam, tinham agora algum dinheiro para gastar. Queriam ser modernos, é dessa palavra que vem o termo Mod, tal como a época a que pertenciam e ao contrário dos Rockers e Teddy Boys não ouviam rock´n´roll cinquentista mas sim musica predominantemente de negros tal como o jazz, soul, rhythm & blues, ska jamaicano e rock de bandas brancas inglesas como os The Who, The Kinks ou Small Faces, nomes como David Bowie e Rod Stewart foram Mods naquela época e mesmo os Rolling Stones alinharam na euforia estética e musical da Swinging London. Eram os ventos da mudança, e para apanhar a rajada eles adoptaram as motas mais manobráveis e também mais baratas que um automóvel, as scooters, da marca Vespa ou Lambretta, mais uma vez ao contrário dos Rockers que usavam as Triumph ou Norton. Para os Mods, os Rockers com os seus blusões de cabedal e jeans e aspecto mais sujo estavam ultrapassados, presos no passado, os Mods usavam fatos completos, o cabelo curto, alguns chapéus, parkas militares, sapatos bicudos, um visual mais arejado, mais cuidado, mais internacional. Havia imensas raparigas, correspondendo à emancipação feminina da época. Depois era a loucura, dançar sem parar nas discotecas, anfetaminas e lutas com os rockers para animar.
Facilmente percebe-se que apesar de ser um fenómeno muito inglês as influências eram exteriores, tais como as motas e alguma moda italiana, muita coisa do universo jazzistico norte-americano sem falar dos outros géneros musicais como o soul da Motown e os escritores da Beat Generation, da antiga colónia inglesa, a Jamaica, mais algumas coisas, mesmo porque muitos pioneiros Mods eram jovens judeus da classe média-baixa que dividiam os bairros de Londres com os imigrantes jamaicanos, e da França o cinema Nouvelle Vague e a literatura existencialista.
Para o final da década e com o aparecimento dos hippies eles começam lentamente a desaparecer, alguns integraram-se ao sistema, outros viraram hippies, outros, aqueles mais revoltados, deram origem aos skinheads, com um visual mais proletário e ouvindo especialmente ska e as primeiras formas do reggae ainda em formação.
No final da década de setenta e atrelado ao aparecimento do Punk houve um revivalismo Mod, afinal ambos eram enérgicos, ameaçadores, e vieram ameaçar o tédio reinante cada qual à sua maneira e na sua época, e os maiores representantes nessa época foram os The Jam daquele que é considerado um modelo Mod anos setenta-oitenta, Paul Weller. Se na década de setenta o filme representativo foi o Quadrophenia com música dos The Who, nos anos 80 foi "Absolute Beginners" baseado no livro do mesmo nome de Colin McInnes e com música de David Bowie. Mas o revival foi um fenómeno mais musical, faltava o conteúdo cultural de outrora.
O espírito e a estética não morreram ao longo dos tempos, tivemos umas nuances com o brit pop, especialmente os Blur e os Ocean Colour Scene, com o estilo e sonoridade do acid jazz, e actualmente nos The Hives, Internacional Noise Conspiracy ou Hot Hot Heat. A lista continua.

Mod. Snob? Elegante.
Convencidos? Autoconfiantes.
Pose sim, mas com atitude, estilo e loucura no combate ao cinzentismo que assola o país, o mundo. Rebeldes com uma causa. Atropele-se a injustiça com uma Vespa ou Lambretta.
O futuro enfrenta-se de frente, no presente.
Dançar, dançar, dançar, não ficar encostado ao balcão do bar.
Revivalista e contemporâneo.
Acordaremos Mod e acordaremos a cidade em 2006.
MODS, GO !!!


Texto: O Rapaz do chapéu.
leoneljesus@hotmail.com

Sunday, 9 April 2006

Agora a serio...

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Uns amigos austriacos que nos mandaram um simpatico mail, nas breves linhas, as tantas diziam que tinham estado num tal de Custom Show 2006 em Ried. Um bela localidade la paras as Austrias. Muitas vespas e lambrettas, novas e antigas mas principalmente costumizadas brilhantemente... Para ver e babar por mais...aqui. Isto é vespismo, meus amigos! Isto é scooterismo!

Thursday, 6 April 2006

Febras, mas poucas!


A temporada Primavera/Verao na cena vespista ja arrancou e com ela uma enormidade de "pseudo-eventos". Passo a explicar: arranja-se uns bons quilos de febras, um local com assador, uns litros de tinto e cervejol e inventa-se um passeio pelas redondezas. Faz-se um preço de inscriçao e tudo o que vier é lucro para a organizaçao.
Nestes ultimos anos assistimos ao surgimento dos chamados Vespas Clubes Cogumelos. Nascem de um dia para outro, num nucleo de amigos, por entre dois dedos de conversa e umas cervejas. Para que? E com que funçao? Para divulgar o mundo vespista? Para fazer inveja ao grupo de vespistas do lado? Para que vale fazer mais de 200 quilometros para ir a um local distante, num "evento" que nada tem a oferecer que umas bifanas e cerveja? Uns podem responder que sera motivo suficientemente forte para sair de casa outros dirao, que o convivio o reencontro de velhos amigos, a troca de experiencias sera uma boa justificaçao... Que experiencias?! O restauro parolo de algumas vespas? Com cores e invençoes inarraveis? Tem a sua piada, tambem. Mas valera a pena fazer uns bons quilometros cada fim-de-semana para ver a mesma malta que apenas se passeia ao domingo e se pavoneia por ter mais de 10 modelos de Vespa la na garagem?
E mais ainda, acho totalmente errado apelidar de "concentraçao" a um encontro Vespista. La por andarmos na mesma estrada e sobre duas rodas, nao quer dizer que nos apegamos a terminologia e codigos "motard". Nao teremos capacidade inventiva e ate cultural para nos demarcarmos desse outro mundo tao fantastico quanto veloz? Impressao minha ou apenas o pessoal contenta-se com muito pouco?