Sejamos claros, as scooters não têm qualquer tipo de segurança passiva. Não é pela posição de condução, a existência de um escudo para as pernas ou mesmo de uma terceira roda (no caso da Piaggio MP3) que estamos mais seguros em caso de acidente. Se formos contra o chão, uma parede ou um automóvel, vamos quase de certeza ter lesões. O Papel da nossa indumentária é justamente proteger-nos o mais possível desses impactos. E também, claro, da chuva, do vento, dos insectos, de pequenas pedras projectadas, do sol, etc. Nem a roupa nem o capacete nos vão salvar a vida se formos a 120 km/h contra uma parede, mas só o facto de, por exemplo, vestir umas calças de ganga em vez de uns calções de praia, pode ser a diferença entre um susto e uma cicatriz para o resto da vida, se cair numa rotunda com óleo, mesmo à saída de casa...
Eu admito que tenho sido um pouco relaxado com a segurança, como circulo normalmente só em cidade, acho suficiente a combinação habitual de capacete jet (pequeno...), calças de ganga e um blusão de pele sem protecções. Depois de uma viagem maior, de que ainda falarei um dia destes, fiquei com outro apreço pelo equipamento de protecção: tenho agora um capacete modular para deslocações maiores e finalmente comprei esta semana a peça mais importante, um bom blusão:
Infelizmente, no cinzento mercado português, não existe equipamento apropriado exclusivamente para scooters, como noutros países, e temos que nos contentar com material de motociclismo. Nada contra em termos de protecção, infelizmente os modelos, desenhos e as cores disponíveis por cá deixam algo a desejar, para quem conhece a gama, por exemplo, destes senhores.
Mas voltemos ao meu blusão Bering: infelizmente é todo preto, mas tem linhas brancas reflectoras, nos braços e nas costas, protecções nos ombros, cotovelos e costas e um forro de inverno extraível. O material sintético não parece tão resistente como a pele, não tem tão bom aspecto e parece, pelo que tenho visto, que não vai ficando mais bonito com o tempo, pelo contrário. Ainda me estou a acostumar a ele, mas é confortável e pode vir a ser muito útil, embora eu espere reformá-lo daqui a uns anos sem nenhum estrago. Era bom sinal.
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