Tuesday, 25 May 2010
A scooter que precisa de ti
Diz o Jay Leno que gosta de automóveis e motos que nem toda a gente saiba conduzir, que tenham os seus segredos, a sua personalidade, as suas peculiaridades, que só o condutor habitual sabe descortinar. Os clássicos são quase todos de este grupo, não tão fáceis de conduzir, e tem algumas idiossincrasias que só o proprietário conhece e compreende. Aquelas coisas mais banais, como meter a marcha atrás num BMW, usar o travão de pé num Mercedes, encontrar a ignição num Saab, são só meros pormenores. Num mundo massificado, onde as pessoas se esforçam por conseguir diferenciar-se comprando produtos de consumo "personalizados", a verdadeira diferenciação passa por estar um pouco fora da Matrix.
O que é que este tipo está para aqui a dizer desta vez? Estou a tentar explicar porque convivo com as manias da Indiana, quando podia ter uma scooter moderna, mais prática, mais barata, mais performante, mais tudo. Como o Jay, acho piada ao facto de nem toda a gente poder meter a mão e sair a conduzir a minha scooter, e gosto da ideia que ela também precisa de mim, não é só um objecto utilitário, tipo frigorífico. A manutenção, o pequeno bricolage, isso transporta-me para um tempo não muito longínquo em que as pessoas estavam habituadas a mexer nos seus veículos e em que não andavam todos cheios de pressa a correr de um lado para o outro, para fazer não se percebe muito bem o quê.
Ainda tenho os dedos cheios de óleo de um desses momentos de diálogo e paz interior. Em breve espero ter aqui algumas novidades da Indiana.
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