Se nos dias que correm já ninguém discute a necessidade do uso de capacete, excepção feita aos amigos americanos, muito se discute ainda o tipo de capacete a utilizar, sobretudo em relação às scooters. Em primeiro lugar, há que distinguir os cascos, como dizem nuestros hermanos, que são homologados dos que não são homologados. Parece trivial, mas ainda há muita coisa estranha por aí. Na escola de condução onde tirei a carta, por exemplo, um dos dois únicos capacetes (abertos) disponíveis não era sequer legal, era apenas um daqueles penicos finhinhos sem homologação.
Dentro dos homologados, eu consegui acumular ao longo do tempo um exemplar de todos os tipos possíveis, pelo que passo a apresenta-los:
Capacete integral, neste caso o meu Arai. Há quem defenda que este deveria ser o único tipo de capacete permitido. É sem dúvida o que oferece maior protecção para o utilizador, e se for de boa marca será também arejado, leve, e com boa visibilidade apesar da queixeira. Este tipo de capacete permite uma boa insonorização, e uma visão sem problemas mesmo quando chove. Eu gosto muito do meu ARAI e uso-o sempre em viagens mais longas e quando chove ou faz mais frio.
Capacete modular. Este modelo, neste caso o meu Nau Spirit, muito popular também na GNR, permite abrir a parte da quixeira para facilmente falar com alguém, ou simplesmente apanhar ar. Pode-se circular com ele aberto, o que melhora substancialmente a visibilidade e a ventilação. Contra tem o peso elevado, embora existam modulares mais leves (e mais caros) e a visibilidade mais reduzida quando está fechado, provavelmente por ter uma queixeira enorme. Naturalmente não protegerá tão bem como um integral, sobretudo de estiver aberto, como é óbvio!
Capacete Jet. Aqui representado por este CMS da minha namorada, este tipo de capacete não protege a zona do queixo, mas sempre tem uma viseira que cobre toda a face e evita que pó, pedras ou insectos kamikaze atinjam o seu utilizador. É o tipo de capacete preferido por muitos scooteristas, porque não só permite excelente visibilidade na selva urbana, como deixa o ar passar pela cara. Consegue-se assim uma maior proximidade com os lugares por onde circulamos, sentido todos os cheiros, a humidade e a temperatura, em todas as suas nuances, coisa que um integral não permite. Este CMS está nas últimas, range por todo o lado e a viseira está uma desgraça. Mas foi muito barato e serviu bem durante anos.
Semi-Jet: o mais pequeno e menos protector dos capacetes legais. Neste caso, é o meu LEM. Nem do vento este pequeno capacete protege grandemente. A viseira é pouco mais que decorativa e a velocidades mais elevadas parece que me vai saltar da cabeça, pois é pouco mais que um chapéu. Já quase nem o uso, embora reconheça que é o mais arejado que tenho e talvez o mais apelativo esteticamente, ou pelo menos era quando estava menos usado.
Eu não sou dogmático nestas coisas e percebo as vantagens de cada tipo de capacete, até porque uso todos. Para confundir mais o pessoal, há por aí uma nova geração de capacetes híbridos, ainda mais polivalente que um modular convencional. Gosto especialmente deste Nolan N43. Se não tivesse já tantos em casa, era um investimento a considerar.
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