- Mas não dá porquê?
-É pá, o sistema não permite.
-Não permite?
-Um gajo a tentar fazer as coisas como deve ser e depois dá nisto...
-Mas tem de haver uma maneira.
-Só emitindo um certificado provisório, mas nós temos aqui já cinco e ele não aceita mais.
-Ele?
-O sistema!
-Hum... Cinco certificados?
-Sim, estou farto de pedir para me limparem isto, mas os gajos (...)
Nesta altura desliguei. Acabei por passar mais de uma hora num mediador de uma das mais importantes companhias de seguros da nossa praça, um colosso que domina mais de 40% do mercado dos seguros. A conversa que descrevo acima estava a ter lugar entre o dono do estaminé e uma funcionária, em virtude de eu lhes ter pedido para passar o meu seguro da Scoopy para a nova montada. Aparentemente é algo muito complicado, senão mesmo impossível, visto que eu de lá saí de mãos a abanar, vencido pela exaustão.
Pouco tempo depois estava na net, no site da Logo, a fazer um seguro por um quarto do preço. Um quarto! Ainda não percebo como pode ser possível, no fundo estou a pagar menos que o que pagaria por um seguro de uma mota clássica, e sem estar filiado num clube nem nada.
Sim, eu também sou da escola de pensamento que defende que quando algo é bom demais para ser verdade, normalmente não é. Mas este seguro é legal, e tanto quanto sei a empresa pertence ao grupo Espírito Santo, não me parece que seja uma coisa de vão da escada. E sabe bem poder tratar de tudo pela net, em vez de ter que ir fazer quilómetros para falar com pessoal que funciona ao ritmo da função pública, cobra um dinheirão e não consegue satisfazer mesmo os pedidos mais simples.
Não percebo como pode haver tal discrepância de preços, mas sinceramente nem me interessa. Neste momento tenho duas scooters seguras por menos do que me custava segurar só uma. É a loucura!
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