- Não te lembras da maior parte dos buracos que encontras nas estradas perto de casa.
- Não sabes calcular quantos quilómetros podes ainda fazer com a gasolina que tens no deposito.
- Não te lembras da última vez que meteste gasolina.
- Alguns amigos ainda perguntam, surpresos: "essa scooter é tua?"
- Ficas a par dos grandes eventos e passeios pela net.
- Andas a gastar muito dinheiro em gasolina. No carro.
- Tens chegado inteiramente seco a casa.
- As deslocações rotineiras não tem piada.
Veredicto: culpado!
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Thursday, 4 March 2010
Wednesday, 23 December 2009
Molha Monumental

Hoje tive oportunidade de sentir na pele o mau tempo que tanto tem dado que falar nas últimas semanas. De uma forma ou de outra acho que tinha sempre conseguido aproveitar, por engenho ou sorte, aquelas abertas em dias piores. Evitava os momentos de chuva mais intensa, circulava nas horas do dia em que fazia menos frio, chegava sempre a casa com algum conforto.
Não hoje.
Sai mais cedo do trabalho, disposto justamente a evitar algum momento meteorológicamente mais agressivo. Estava equipado com as costumeiras calças de chuva, o habitual blusão "motard" (tenho que ver se me livro daquilo), que é impermeável, luvas de inverno e capacete modular. Chuviscava quando comecei o trajecto de pouco mais de 10 km. Em poucos minutos os chuviscos transformaram-se num diluvio de proporções bíblicas que alagou as estradas, fez saltar tampas de esgoto e reduziu drasticamente a visibilidade. Algumas rotundas pareciam lagos e andei boa parte do caminho sem conseguir ver o asfalto que estava a pisar, sempre atento à possibilidade de enfiar a roda da frente num buraco maior que ela... Não é bom.
Tive ainda a surpresa de constatar que também de scooter é possível projectar muitos litros de agua para os lados, enquanto se sente a que bate no guarda-lamas está literalmente a travar o nosso progresso. Sim, havia assim tanta agua! Por outro lado, não senti falta de aderência nem problemas de tracção. Mais um ponto para os pneus.
Ao chegar a casa, tinha pela primeira vez os pés completamente encharcados, tipo esponjas de banho. As luvas não resistiram, eram como sacos de agua. Com agua. O casaco também cedeu, a minha barriga estava molhada!
Enfim, para o scooterista, ter o equipamento certo ajuda muito. Saber evitar a fúria da mãe natureza ajuda ainda mais.
Wednesday, 4 February 2009
Mau tempo no canal

Parece que não há maneira de este tempo passar. Chove há mais de duas semanas. Este ano os nossos agricultores não vão pedir subsídios por causa da seca. Mas devem pedir por causa dos estragos causados pelo mau tempo.
Gostaria agora de relatar as minhas heróicas aventuras, enfrentando a estoicamente a intempérie, sobre duas rodas, aos comandos de um pequeno motociclo carroçado.
Mas não é possível.
Primeiro porque não tenho aventuras (nem heróicas nem cobardolas) para narrar. Depois porque a minha CN pode ser tudo menos pequena.
Nem todos os dias tenho ido para o trabalho de scooter: tenho apanhado boleia, fui de carro, até já experimentei o comboio. A CN, no entanto, continua a ser a melhor maneira de chegar a algum lado, mesmo quando chovem cães e gatos. O carro fica preso nos engarrafamentos, a boleia é irregular, a estação do comboio não tem luz e é mais fria que o coração dos tipos que conduzem Mercedes e nunca deixam as motas passar.
Ainda assim, mais de metade das minhas deslocações continuam a ser de scooter, mesmo quando as ondas galgam a Marginal, quando há pedaços de árvores a voar e quando os enlatados insistem em circular demasiado depressa e passam a vida a bater no deprimido engaiolado da frente. Tenho visto de tudo nestes dias de clima mais rigoroso. No entanto, as principais regras se sobrevivência mantêm-se:
- Andar mais devagar e ir AINDA mais atento. Manter distancias de segurança maiores.
- Usar equipamento apropriado: Bom capacete com viseira em bom estado, que não embacie, fato de chuva, luvas resistentes à agua, roupa quente.
- Curvar com mais cautelas, ter atenção ao piso por onde as rodas passam, com especial interesse em manchas, marcas rodoviárias brancas e placas metálicas.
Tudo isto parece óbvio, mas é importante. O meu capacete ARAI (comprado com substancial desconto, da colecção descontinuada de 1997 ou assim) é bastante mais confortável do que aquilo a que eu estava acostumado. A agua escorre da viseira, esta não embacia, e eu consigo ver a estrada. Isso é uma coisa boa. Não tenho apanhado sustos. Já agora, valia a pena pensar nisto.
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