Saturday, 19 September 2009

Dia 4: Made in India


Mais quilómetros e as primeiras desilusões. Antes disso, as boas noticias. A Indiana recebeu o selo de aprovação da minha cara metade, ao constatarmos, contra todas as previsões e apesar do meu físico avantajado (cada vez mais..), que há espaço suficiente no banco para duas pessoas, e com algum conforto. Aliás, até me pareceu que a scooter ia mais estável. Esta revelação foi para mim um alivio, pois permite um uso muito mais polivalente da scooter.

Entretanto, a Indiana continua a seduzir e espalhar charme por onde quer que passemos, mesmo um amigo meu que trabalha em certificação e qualidade ficou encantado com ela, apesar das suas evidentes falhas de rigor construtivo e de montagem.

E aqui começam os pontos menos bons. O farolim frontal está nitidamente a descair. Está meio solto. E o aro da peça que o cobre tem algumas falhas de tinta. Por outro lado, o ralenti é muito instável e difícil de manter. Mesmo com o motor quente. A scooter acaba por se desligar passado uns segundos. Isso é no mínimo um bocado chato, sobretudo em trânsito urbano, com semáforos. Já apanhei alguns sustos ao dar por mim com o motor desligado no momento em que se acende o verde do semáforo.

Segunda feira vou dar um salto à Old Scooter, a conhecida loja de Lisboa de onde a Indiana provem. Quero ver uns acessórios e falar com eles destas questões. De momento, e apesar das contrariedades, não trocava esta experiência por nada. A Indiana é como um organismo vivo, não basta por gasolina e andar. Tenho que perceber o que ela quer, o que ela precisa. Até agora acho que nos estamos a entender muito bem.

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