...eu queria era andar de bicicleta. Estou a falar a sério! Depois de me maravilhar com o BTT durante uns anos, comecei a meditar sobre um facto que me parecia extraordinário: conhecia muita gente como eu, que era capaz de pedalar 100 km no monte, num fim de semana, ou mesmo num dia. Mas não conhecia ninguém que fizesse os 10 ou 20 km para o trabalho durante a semana sem ser de carro... Porque haveria a bicicleta de ser só um instrumento de diversão? Certamente existia ali um potencial utilitário que ninguém estava a explorar.
A realidade das estradas portuguesas e a nossa nacional obsessão com o status explicam muita coisa. A verdade é que continua a ser um acto de coragem uma pessoa ir para a estrada numa bicicleta. Apesar disso, tenho reparado num aumento considerável do número de utilizadores de bicicletas utilitárias nos últimos anos, mesmo que esta seja uma apreciação feita a "olhómetro" e não esteja baseada em estatísticas.
Para quem eventualmente ignora os perigos envolvidos na condução de um velocípede na via pública, recomendo este vídeo simplesmente magistral, feito por um ciclista parisiense.
A realidade lisboeta/portuguesa difere "apenas" no facto de não existirem ciclo faixas, nem ciclovias, nem sinalização, nem... quase nada. Parece que as autoridades da capital começam a acordar para a questão, mas como em tudo, levamos já décadas de atraso. Eu acabei por me resignar a um uso ocasional da bicicleta para transporte. Uso esse que ainda espero incrementar. Termino com uma imagem da minha "scooter" a pedais, uma bicicleta dobrável da marca Dahon que por enquanto não substitui a minha CN. Ver aqui.
No comments:
Post a Comment