Saturday, 14 July 2012

A história de um ciclomotor Vilar Lutz


Depois de aqui termos mostrado o vídeo deste ciclomotor Vilar Lutz a trabalhar, hoje mostramos algumas fotos desta máquina antes de ser recuperada, bem como depois de ser recuperada.

Aproveitamos a ocasião para tentar aprofundar um pouco mais sobre os motores auxiliares Lutz e começar aquilo que poderá vir a ser uma resenha histórica da sua utilização em montagens nacionais - pelo que qualquer correcção ou informação é bem-vinda.

Com o final da década de 40 e o início da década de 50, a Vilarinho e Moura, L.da, da Fábrica Nacional de Bicicletas e Motocicletas, começa a desenvolver várias máquinas Vilar de duas rodas equipadas com motores de diferentes marcas e cilindradas.

Uma vez que a marca já produzia bicicletas há alguns anos, um dos passos lógicos seria a construção de bicicletas um pouco mais robustas, onde eram aplicados motores auxiliares.

Uma das escolhas terá recaído nos motores da marca Lutz GmBh, de Braunschweig - Querum (Alemanha), que eram vendidos com os restantes componentes que permitiam a transformação de uma bicicleta numa motocicleta ou ciclomotor. Aparentemente estes motores eram importados pela Casa Tomáz e tinham a particularidade de serem aplicados por cima da zona da roda pedaleira, no centro do quadro, como no exemplar Perfecta Lutz que já aqui mostrámos.

No caso do exemplar de Domingos Silva, a máquina pertenceu a um vizinho, que a comprou nova. Segundo o afilhado do antigo proprietário, ele ia na mesma para todo o lado. Entretanto o proprietário faleceu e nessa altura deitaram a máquina para o lixo, meia desmontada. A pessoa a quem foi comprada é que descobriu o ciclomotor com motor Lutz, no meio de um monte, tendo pegado nela e "plantou-a" no jardim de sua casa, onde foi descoberta uns 3 ou 4 anos depois da dita "plantação".

Depois de adquirida, demorou cerca de 5 anos a reunir documentação, peças, informação pertinente sobre a máquina e restaurar a Vilar Lutz.
Nas imagens ainda falta o suporte traseiro e o guarda-corrente, que entretanto já foi adquirido, tendo ido para a metalização.

Agradeço a Domingos Silva pelas fotografias e informações cedidas.

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