Tuesday, 3 November 2009

5 dias e 5 noites


Ao contrario do que acontece na formula 1, esta foi uma mudança de pneus que levou algum tempo. Vários dias na verdade.



E ainda não acabou...



Tinha previsto que na quarta feira (passada) chegassem os meus pneus novos, mas por alguma razão que a razão desconhece, chegou apenas um. Os amigos espanhóis a quem comprei a borracha resolveram prontamente o problema, mas isso implicou que só sexta feira tive cá em casa os dois Continental Conti Twist, para juntar às câmaras de ar continental que também iria colocar.


Certo. Passada a ressaca do jantar de sexta, sábado a meio da manhã toca a meter mãos à obra. As primeiras dificuldades surgiram logo no momento de colocar o pneu Continental na jante. É que os Conti Twist, como quase todos hoje em dia, são pneus tubless. Podem na mesma ser utilizados nas LML e vespas, em jantes convencionais com a câmara de ar, só que dão algum trabalho. As laterais do pneu são feitas para segurar o ar, por isso são grossas e muito mais apertadas do que as de um pneu de câmara. Unir as duas metades da jante exige bastante energia.


Superada esta primeira dificuldade, imaginei que dentro de minutos tudo estaria concluído. No entanto, passadas algumas horas ainda estava na garagem, incrédulo, a olhar para uma porca. Já com o pneu dianteiro montado, e o traseiro instalado na roda suplente, faltava-me só fazer a troca deste pela roda traseira. Mas e retira-la? Uma das porcas recusava-se a sair. Recusava-se mesmo a sair. Tentei lubrificar, martelar e puxar a porca renitente, mas sem sucesso. A Indiana passou o fim de semana sem sair da garagem.


Consultados os peritos e depois de muitas tentativas, hoje consegui desalojar a malvada porca, não com o uso de nenhuma ferramenta especial (que cheguei a tentar adquirir), mas recorrendo a uma boa e velha arma de família: a teimosia.

As possibilidades aqui eram duas ou, vá, três: ou a porca estava moída, ou o perno estava moído, ou ambos estavam feitos num oito. A primeira era a menos má, mas verificou-se o pior: o perno é que estava todo comido. Esta questão coloca novos problemas, mas por agora nem quero pensar nisso. Coloquei a roda com o pneu novo no sítio e voltei a apertar tudo, incluindo a porca massacrada no seu perno moído. Siga. Amanhã já vejo o que faço.


Antes de ir ligar a televisão, esclareço que as ferramentas fornecidas de série permitem realizar todos os trabalhos que tenho feito até agora, menos martelar porcas teimosas. As câmaras de ar que vinham de série, e eu troquei, tinham também um aspecto razoável. Lamento no entanto esta situação, que levanta algumas dúvidas em relação à qualidade do material utilizado nas LML. Eu realmente queria viver a experiência da scooter clássica, mas se calhar estou a chegar às coisas más muito depressa e a vive-las demasiado intensamente.

Entretanto, se vieram aqui parar na procura de uma descrição detalhada sobre como mudar pneus numa vespa, ou coisa no género, vejam antes isto.

No comments:

Post a Comment