Monday, 21 May 2007
Vespaniada '07 Ganhar...Toledo!!
Van Pelt, Serra e Charlie depois da conquista do Castelo Vila Viçosa.
Charlie: Las chicas estan me llamando, tio!!...
Manel das Vespas: Ganharca....!!
Ana Ferreirinha que viajou na sua P125X. Uma bela premiere!
A promessa tinha ficado no ar, aquando do último Iberovespa em Portalegre onde nos cruzamos com o Ruben, Sonia, Fernando e a Cristina que tinham trazido o seu charme ao nosso evento. O Ruben manteve conversas com o Ferreira e lá se acertou datas para o tal evento que este ano teria a sua 2ª edição, a Vespaniada '07. Um evento ainda pequeno, mas que já tem contornos de se tornar uma data importante no calendário vespista ibérico. Para isso, também conta o cenário magnífico dessa bela cidade de Toledo e as suas ruas cheias de história e charme medieval. Nos dias 11.12 e 13 lá fomos nós para Toledo. Afinal são para aí uns 600 quilómetros, mais volta menos volta. Coisa pouca, para Vespistas experimentados e rodados que nos acompanharam o Ferreira, o Manel das Vespas e o Serra.
1º Dia "Queremos rolar!!"
Eu o João Serra, o Van Pelt e o Charlie, combinamos logo por hora do almoço arrancar viagem. Tal era a fome de fazer estrada! E espreguiçar as Vespas. O resto do grupo sairia de Lisboa, ao final da tarde, por compromissos profissionais de alguns deles. Em Vendas Novas, lá estavam eles. E seguimos viagem agradável pelo Alentejo. Dia solarengo e quente, vento pelas costas e estrada em boas condições para o vespanço. Passámos por Montemor-o-Novo, Arraiolos, Vimieiro e rapidamente alcançamos Estremoz. Aqui resolvemos desviar por Vila Viçosa e tirar umas fotos no Castelo conquistado e seguir para Borba.
Paragem em Vila Viçosa para a foto.
De Borba a Elvas foi mais um pulinho e dirigimo-nos ao Parque de Campismo onde tínhamos combinado encontrar com o resto do gangue e fazer a tal entrada triunfante por terras de Espanha. Qual invasão lusa! Um fim-de-tarde veraneante, tempo para umas cervejas na praça local e janta num restaurante mal escolhido, culpa da fome que já se fazia sentir. E lá pela 1 da manha chegou o resto do gangue: Ana, Ferreira, Jony, Tiago, Estevão, Manel que se juntaria a mim, o Serra, o Charlie e ao Van Pelt. Grande festa e logo de manhã acordar para rolar... na estrada!!
2º dia "Dá-me Gasolina!"
Tendas desmontadas, Vespas preparadas e lá fomos nós em direcção a Espanha. Café da manhã em Elvas e siga... Logo a entrar em território espanhol, Jony, devido ao calor que se fazia sentir, abria a camisa e de o peito feito acelerava... Eu não lhe disse nada, sobre possíveis encontros com mosquitos e demais bicharada voadora...lá mais para frente já coçava-se todo! A sua T5 toda ziguezagues na variação coça-pulguinha. Esta rapaziada tá sempre a aprender e o Jony talvez por ser o mais novo do grupo foi o que aprendeu mais nestes dias. Talvez tenha aprendido...
Primeiro atestar gasolina em Badajoz. 5€=4.65 Litros, mesmo nas nossas Vespas, nota-se a diferença de precios. De seguida tinhamos o Ruben e a Sonia que estavam a nossa espera em Vila Nueva de La Serena que fica depois de Mérida. Encontramo-nos com eles no Carrefour local. Muitos paravam e tiravam fotografias a nossa comitiva vespista. Éramos agora, 12 gloriosas vespas! (nota: ok, o Tiago levou a Lambretta DL 150 S.P.C.*!)
Em Espanha, dá gozo rolar de Vespa. Existe um maior civismo na condução automóvel, quer em auto-estrada, cidade ou estradas secundárias. Mesmo nestas, um condutor de um camião pesado, espera pacientemente, por um troço onde visivelmente não coloca em perigo os veículos ultrapassados e ele próprio. Assinalando o ínicio da ultrapassagem com um toque. Coisas complicadas para qualquer condutor português. Nada que nos tire o orgulho de sermos os melhores do mundo em sinistralidade. Para que conste, nestes quatro dias que andamos nas estradas espanholas. Não vimos qualquer acidente. Estradas com um piso irrepreensível, bermas cuidadas e bem identificadas.
Eu, Charlie, Serra e Van Pelt em Elvas: Cerveja e música italiana dos anos 50.
Lá mais para frente, em Zorita, apanhamos o Fernando, outro amigo que conhecemos no Ibero do ano passado. E lá continuamos pela serra. Aqui num dos caminhos mais espetaculares que conduzi até hoje. De repente parecia que estavamos nos Alpes suiços, curvas fantásticas, estrada belíssima..enfim, a nossa fé neste caso de Vespista!...citando aquela música do meu clube do coração. Era isto que eu trauteava durante este percurso fantástico em Las Villuercas numa zona imponentemente bonita e verdejante de serras de Gaudalupe e Mimbrera que se chamam os Montes de Toledo, por fim e já de noite chegamos a Toledo, com algum frio, pois tinha arrefecido bastante ao anoitecer. E porque paramos algumas vezes para desfrutar as vistas, o parque natural com abutres e águias sempre a acompanhar a nossa comitiva em jeito de boas energias para esta viagem. Já em Toledo, tempo para encontro com elementos da organização desta Vespaniada '07, que nos encaminharam ao parque de campismo El Greco de 1ª categoria. Muito bom, mesmo! E tempo para as primeiras tapas e balanço deste 2º dia de viagem.
3º Dia "Toledo fantástica"
O corpo pedia descanso e o despertar geral fez mais tarde...nas calmas, um pequeno almoço feito por todos na zona do nosso acampamento vespista. Já com o banhinho tomado, lá fomos de encontro com o resto dos vespistas espanhoís que já nos aguardavam para passeio pela cidade. Depois foi o almoço, que durou umas horas. A acompanhar um cabernet-sauvigon da região. Excelente local escolhido pela organização, com serviço atencioso de parte dos profissionais da Cervejaria Gambrinus, decidamente um local a visitar novamente em futuras visitas a Toledo.
Cervejaria Gambrinus, o local que melhor conhecemos em Toledo!
Van Pelt: El Ressonador
Esta pinga ia fazendo estragos!
De Bragança a Toledo, 600 quilómetros numa 50s, grandes aventureiros estes!
Logo pela manhã conhecemos outros tugas, o Fernando e o Elísio que tinham vindo nas duas 50s, acabadas de sair do restauro para Toledo. Valentes, nem tinham a noção do feito, apenas quando falamos com eles, pois estavamos admirados pelo se terem feito a estrada como vespas tan rijas. E as Vespas regressaram a Bragança na maior tranquilidade.
Uma 50s é óptima para a cidade e mesmo assim, podiamos aqui discutir isso. Mas fazer 450 km (mais 450 km na volta) em cima de uma é...OBRA!
Ficamos a conhecer este dois amigos! E o daí um prémio especial para eles (ler mais abaixo).
Para desmoer o excelente repasto, dirigimo-nos a zona de festas da cidade, num recinto fechado ao ar livre, onde houve várias provas ad-hoc, a corrida dos lentos, prova de arranque...excelente convívio entre todos os participantes. Apenas marcado, pelo pequeno incidente com Marco Costa a encontrar a traseira de uma Vespa que circulava aos zigues-zagues, por momentos houve ali uma pequena troca de palavras que dividiu tugas e espanhoís, mas que ficou imediatamente resolvida com preenchimento das respectivas declarações amigáveis. Deste encontro...imediato e algo inesperado, a Lambretta do Costa ganhou o prémio La mas Dura. E a sua oponente voltará a oficina para um restauro mais pormenorizado e atento.
Duranium acrobaticus, um momento da tarde!
Ao fim da tarde, já estavamos outra vez a mesa da cervejaria Gambrinus, para mais um repasto que durou mais algumas horas. Houve entrega de prémios, da qual os tugas receberam...quase tudo que havia para dar! E muitos prémios tinha a Vespaniada deste ano; desde luvas, capacetes, litros óleo, cabos...num evento, segundo o Ruben da organização, que não teve sponsor oficial, contando com apoios logisiticos locais. Depois seguiu-se uma noite muito divertida. Onde houve tempo para um inesquecível passeio nocturno pela cidade. Imaginem, grupos de vespistas a percorrer, ruas e ruelas estreitas com as suas vespas e o povo que estava na rua a gritar e acenar de apoio.
Foto do gang (falta o Ferreira o Serra que tavam a atrás da maquina neste momento) com o Cervantes que encontramos ali mesmo.
As gentes de Toledo são super hospitaleiras e bastante festivas. A festa do evento foi na Casa da Abuela, onde ao jeito do tradicional Botellon, cada um traz as bebidas consigo e reparte as mesmas com os outros. Risada geral, claro está, o portunhol praticado pelo gangue a beira da piscina, num local bem engraçado, mas que faltou animação musical. A única nota negativa desta Vespaniada. mesmo assim. Em claríssimo destaque e proeminência, o nosso Jony que mostrou um sentido de comunicação fora do comum. Nessa mesma noite, ainda ouviu uns piropos de uma amiga recente, segundo o Jony, esta terá dito a ele: "és muy...bonitô!"... Ganhou o dia, ou será que foi a noite?! E também foi dos últimos a chegar ao acampamento já o sol ia alto. Houve incursão pela noite de Toledo, dizem as más linguas que o Pedro Estevão gostou tanto de um dos bares, que não queria sair de lá. Será que foi da decoração ou foi do ambiente? Foi certamente uma noite..."mui bonitâ!"
Profesor Xis em pose a la Scootering com a Lammy do Tiago Scooter Pt
4º "Es igual"
Saída do camping ao meio-dia e horas livres para passeio e compra de recuerdos na cidade. Encontro com Ruben, Sonia, Cristina e Fernando para o regresso. Outra vez aquela estrada maravilhosa, cheia de curvas e descidas rápidas. Um delírio para a condução desportiva e deixar rasto nos Zippy 1 da Continental (se o representante da Continental ler isto, que nos mande um mail a agradecer no minímo!) que o gangue adoptou em todas as nossas Vespas como pneu oficial.
O Jony comprou 1 litro de óleo 100% sintêntico Carrefour a 4.80€ (cá custa 4.20€!!). Por terras de Espanha, a moda dos oleos são umas bisnagas que se encontram em qualquer estação de serviço. A ver se a moda não pega por cá, pois fica mais caro. Ou então tem de se comprar óleo ao quilo para ficar em conta.
Numa paragem a Vespa do Ruben, estava com um barulho estranho. Toca a tirar o balon e o Manel a arregaçar as mangas e pronto a descobrir onde vinha o defeito ou feitio. Pausa para o kit kat, enquanto o Manel dava ao braço...Grande Manolo! O Jony lá nos ia contando com tinha sido a noite dele...ao mesmo tempo que limpava as velas. Um must para a vista e para os sentidos...
T5 do Jony: ou então "A gulosa".
Tempo para visitar a pequena vila de Guadalupe e o seu mosteiro. Paragem para jantar num café local. Já com a noite posta, surgem uma série de avarias. Primeiro, a GTR do Serra que depois de ser vista pelo Manel e pelo Serra não consegui seguir viagem. Optou-se por chamar a assistência em viagem e o Charlie seguiu viagem a pendura do Serra. A minha Sprint, optou por derreter o comutador das luzes, devido a uma lampada halogenio que coloquei dias antes da viagem. Os cabos electricos com 33 anos não resistiram a intensidade. E lá se fez uma pequena passagem de corrente electrica. E siga...Fazer 100 e tal quilometros com pouca ou nenhuma luz é uma verdadeira aventura. E para mais, fazer os mesmos quilometros com ventos fortes também. Foi isso que nos esperou na travessia das montanhas, quase que eramos engolidos pelo vento. Depois houve, a falta de gasolina, havia bombas de serviço cada 80 quilometros, mas estavam TODAS encerradas (!), pois já era noite profunda. A T5 do Jony, além de "comer" velas como se não houvesse amanhã, também bebia e bem. Ainda tiramos gasolina da Vespa da Ana para a Vespa do Jony...todos a ficar sem gasosa!
Jony: "...PONGA LA TARJETA!!"
Uns atrás outros, mais a frente... Entretanto os parques de campismo que estavam disponiveis pelo caminho, tambem eles já tinham encerrado dada a hora adiantada. Talvez o momento mais stressante desta viagem. Por isso, pessoalmente prefiro rolar nas calmas durante o dia. Mas tudo se resolveu. Ficou decidido, muito por amabilidade do Ruben e da Sonia em ficarmos "acampados" em casa deles. As vespas dormiram na garagem do Ruben e depois imaginem 10 marmanjos espalhados pelo chão da casa, na sala, nos quartos e até na cozinha!? Advinhem onde dormiu o nosso "tradutor especializado" preferido? Por momentos revivi as noites de caserna na tropa. Tal era a sinfonia do ressonar naquela casa...
Ruben, Jaime e outro vespaniado durante a Prova dos Lentos.
5º Dia Regresso a casa
No dia seguinte, o Serra e o Ruben lá regressaram a Guadalupe para pôr a Vespa no reboque que a iria trazer de volta a casa. Esperamos por eles e de tarde, depois do almoço, fizemo-nos a estrada. Muito vento, passagem por Mérida e paragem em Badajoz para encher o depósito a última vez com gasolina MAIS BARATA. Depois foi sempre a abrir, até Montemor-o-Novo para jantar no Rei das Bifanas com a bela bifana e uma sopa quente a aconchegar o estomago vazio. Despedimo-nos do pessoal da Margem Sul e seguimos ponte Vasco da Gama para uma travessia muito ventosa. Mas quem abriu aquela janela? Chegada a casa por volta da meia noite. Missão cumprida. Diversão, troca de experiências, amizade e uns dias bem passados... Afinal, Toledo é já ali! E valeu muito a pena termos ido a Vespaniada conhecer nuestros hermanos.
Prova dos Lentos: Ambiente geral...Totalmente Vespaniados!
Prémio Hospitalidad y Amistad Vespista
Ruben y Sonia, Fernando y Cristina e toda organizacion de Vespaniada '07
Prémio Assistencia em Viagem
Manel das Vespas
Prémio por Aturar Javardolas na estrada!
Ana João Ferreirinha
Prémio Queima Velas
Jony e su T5
Prémio Melhor Pesadelo numa Tenda de Campismo
Jony
Prémio Hair Styling
Charlie
Prémio S.P.C.
Tiago Pereira e sua Lambretta DL 150
Prémio Ressonanço
Van Pelt
Menção Honrosa Ressonanço JL
Jony
Prémio Empresto-te a minha Vespa e ainda um pulmão
João Serra
Prémio escape mais ruidoso do Gang
JL do Jony
Prémio Comunicação por sinais de fumo
Pedro Estevão
Prémio Lambretta Chaimite
Marco Costa
Menção Honrosa Resistência
Drª. Rita Costa
Prémio Relaciones Internacionales
Manel
Prémio produção executiva e relações públicas
Pedro Ferreira
Prémio Kuduro
Os Fernando e o Elisio de Mirandela/Bragança que fizeram 600 km diários na suas 50s (cinquentas!!) até Toledo e regressaram a casa.
Números e dados estátisticos:
Quilometros percorridos: 1250 km
Velocidade Média: 70 km/h
Gasolina consumida: 50 Litros
Oleo: 1 a 2 Litros (consoante a mistura)
Parques de campismo: 2
Tempo de desmontagem de tendas (média): 10 minutos
Tempo de desmontagem de tenda (Jony): 25 minutos (com intervalo para um cigarro)
Duração do almoço ou jantar na Vespaniada (média): 4 horas
Velas consumidas pela T5 do Jony: 6
Total (média por participante): 200 euros
Avarias:
1 cabo de acelerador partido (Sprint V do Xavier).
1 comutador luz derretido (Sprint V do Xavier).
1 caixa de velocidades encravada (TS por culpa do Charlie).
1 retentor da cambota (TX do Ruben) resolvido com tampa de frasco de óleo mistura.
O Vespa Gang agradece o apoio da Xcut.pt e ao Manel da Vespas,
*Só Para Contrariar
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